Simeão

Simeão, em hebraico שמעון, “ouvir”, em grego Συμεών, é nome de vários personagens bíblicos e da história cristã e judaica.

1. Simeão filho de Jacó, seu segundo, cuja mãe foi Lia (Gn 29:33). Simeão e seu irmão Levi massacraram os homens de Siquém para vingar o estupro de Diná (Gn 34). Mais tarde, Simeão ficou refém no Egito quando José enviou os outros irmãos a Canaã para buscar Benjamim (Gn 42:24). Na bênção de Jacó, foi repreendido pelos seus atos em Siquém e que seus descendentes seriam dispersos (Gn 49:5-7).

2. A tribo de Simeão recebeu um lote dentro de Judá, na região mais ao sul de Canaã. Depois de uma menção em Jz 1:3-17, nada é mencionado até o tempo de Ezequias (1 Cr 4:41-43), exceto que era contada entre as dez tribos do Reino do Norte (1Rs 11:30-32; 1Rs 12:20-23; 2Cr 15:9).

3. Um antepassado de Jesus na genealogia de Lucas 3:30.

4. Simeão, o homem pio que esperava “a consolação de Israel” (Lc 2:25-35). A promessa do Espírito Santo que ele veria o messias antes de morrer cumpriu quandoreconheceu o menino Jesus no Templo.

5. Simão Pedro, seu nome hebraico (2Pe 1:1; Atos 15:14).

6. Simão, irmão de Jesus.

7. Simão, o Zelote, um dos doze discí´pulos

6. Simeão, de sobrenome Níger, de Antioquia. Foi um cristão com dons proféticos e de ensino que serviu a igreja junto com Barnabé e Saulo antes de sua primeira viagem missionária (Atos 13:1).

Além da Bíblia, outras pessoas com esse nome foram marcantes na história:

8. Simeão, o Justo ou Simão, o Justo, um Sumo Sacerdote no período do Segundo Templo e um dos últimos membros da Grande Assembleia, com registros na Mishná. Seria um dos dois seguintes:

9. Simão I (310–291 ou 300–273 aC), filho de Onias I e neto de Jádua.

10. Simão II (219–199 aC), filho de Onias II.

11. Simeão de Jerusalém (séc I – c. 107), o segundo bispo de Jerusalém. Frequentemente identificado como um dos setenta emissários enviados por Jesus; Simão, irmão de Jesus; ou com o apóstolo Simão, o Zelote.

12. Simão Gamaliel I, rabino.

13. Simão Gamaliel II, rabino.

14. Simão Bar Kokhba, líder da revolta de Bar Kokhba.

15. Simeão bar Joquai, rabino do período Tannaim.

16. Simeão Estilita (c. 388–459 dC), eremita cristão de Sisã, Síria.

17. Simeão, o Novo Teólogo (949-1022), asceta e teólogo ortodoxo oriental.

Santa Ceia

Santa Ceia é uma refeição comunal quando a Igreja compartilha o pão e o fruto da vide em recordação da obra expiatória de Cristo. Propriamente dito, é a única celebração regular da Igreja com ordenança bíblica. Os primeiros cristãos partiam o pão com frequência (At 2:46; 20:7) e todo o crente deve estar em comunhão com Deus e o próximo para vir tomar do cálice e do pão. Não participar dela, incorre na não comunhão com Cristo (Jo 6:53).

Salvação

Salvação é o livramento, resgate, remissão, estado de segurança ou de proteção, bem como um estado de sanidade.
No grego é soteria e deriva-se da raiz sozo: livrar, proteger, curar, salvar, sarar, tornar bem, restaurar a integridade. Até o nome “Jesus” significa “Deus [é] Salvação” ou “Deus Salva”. Soteriologia é o ramo da teologia que estuda as doutrinas da salvação.

Miguel Spina

Miguel Spina (1910-1933) foi um ministro do evangelho e industrial brasileiro, pertencente à Congregação Cristã no Brasil.

Filho de imigrantes italianos estabelecidos no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, com seus irmãos montou uma gráfica que veio ser uma das maiores do Brasil.

Aos 28 anos foi ordenado ao ministério de ancião para a Congregação do Brás, ocasião que liderou a construção de uma enorme casa de oração que viria ser sede administrativa e centro para reuniões do ministério da Congregação Cristã no Brasil.

Ocupou a função de moderador, presidindo as reuniões anuais do ministério a partir dos anos 1960 até sua morte.

No início dos anos 1950 seus irmãos e sócios liberaram-no de vários compromissos na gráfica para que poderia viajar no Brasil e no mundo em missões.

Sabeus

Os sabeus (grego antigo Σαβαίοι ou em hebraico סבאים) eram um antigo povo semita do sudoeste da Península Arábica , onde hoje é o Iêmen.

No Antigo Testamento, os sabeus aparecem como negociantes de incenso (Jr 6:20, Isa 60:6, cf. Gn 25:1-6, Joel 4:8). É famosa a visita da Rainha de Sabá a Salomão (1 Reis 10:1-13, 2 Cr 9:1-12). Os sabeus seriam um dos povos que atacaram Jó (Jó 1:15; 6:19).

A civilização de Sabá emergiu na Idade do Ferro. Alguns estudiosos pensam o estado sabeu surgiu por volta de 1200 a.C., enquanto as pesquisas mais recentes apontam para c. 800 a.C. O Império Sabeu durou até 275 d.C., quando foram dominados pelos estados himiaritas, também do Iêmen.

Nos anais dos assírios, os sabeus são mencionados pela primeira vez em 730 aC. Os gregos conheciam os sabeus como comerciantes de incenso e mirra.

A língua comum dos sabeus e himiaritas era o sabaeu, um dialeto do antigo árabe do sul. O antigo árabe do sul foi largamente falado no sudoeste da Península Arábica até o século X, sendo relacionado com as línguas etíopes. É atestado com cerca de 6.000 inscrições. Seus únicos remanescentes contemporâneos são as línguas razihi e faifi faladas no noroeste do Iêmen.

Sitz im Leben

Termo em exegese bíblica que se refere às circunstâncias em que ocorreu uma frase, um história ou um gênero textual. O termo foi cunhado pelo biblista Hermann Gunkel (1862 – 1932) para seu estudo de crítica formal.

É um termo mais restrito que contexto, discorrendo sobre os meios e condições em que um texto foi criado, preservado e transmitido. Considera ainda o papel social e o momento dos interlocutores, tanto o emitente quanto a audiência.

Um exemplo ilustra o conceito. Uma genealogia foi recitada pelos membros de uma família incrementalmente por gerações. Em dado momento, talvez em uma disputa de terras ou sucessão pode ter sido vertida em escrita. A forma escrita teria sido guardada em arquivos, os quais poderiam ter sido consultados na composição de livros como 1 Crônicas. O Sitz im Leben preocupa-se com a funcionalidade original de um texto antes de sua escrituralização. No caso, o foco estaria na transmissão oral da genealogia, tentando desvendar como era composta, repassada e utilizada as listas genealógicas para a sociedade camponesa de uma vila no Antigo Israel.

O conceito foi expandido por Paul Minear para analisar os relatos do nascimento de Jesus na Igreja primitiva. Além de Sitz im Leben (“situação da vida”), Minear chama atenção para o Sitz im Glauben (“situação de fé”) e Sitz im Loben (“situação de adoração”) das comunidades que produziram e recepcionaram tais textos bíblicos. Outra expansão do conceito foi proposto por Gesché para Sitz im Schrift (a situação da passagem dentro do texto).

BIBLIOGRAFIA

Gesché, Adolphe, “Pour une identité narrative de Jésus”, in Revue Théologique
de Louvain, 30 (1999), pp. 153-179 e 336-356.

Gunkel, Hermann. Die Psalmen. Übersetzt und erklärt von Hermann Gunkel. Göttingen 1926.

Minear, Paul Sevier. “The Interpreter and the Birth Narratives,” in Symbolae Biblicae Upsalienses, Supplementhäften Till Svensk Exegetisk Årsbok, 13, 1950.

Rocco Santamaria

Rocco Santamaria (1899 – 1985) foi um ministro do evangelho pertencente às Igrejas Cristãs Italianas da América do Norte.

Junto de seu pai, John Santamaria, evangelizaram e formaram várias congregações italianas no norte do estado de Nova Jérsey nos anos 1910-1930. Fundaram, dirigiram ou apoiaram as igrejas italianas de Nutley, Passaic, Burlington, Newark, Carlstadt, Lyndhurst, Paterson, todas em New Jérsey.

Santamaria trabalhava como carpiteiro e editava o periódico La Pace Christiana, um dos primeiros do movimento pentecostal italiano.

No começo da década de 1930, o grupo ministrado pelos Santamaria aderiu à ala “mangiasangue” na questão da observância da injunção de Atos 15. Em 1932, com seu pai, peticionaram a formação das Assembleias de Deus Italianas como filiadas às Assemblies of God americana. No entanto, nos anos seguinte voltaram a ficar independente e reconciliaram-se com a Italian Christian Church of North America (CCNA), onde em 1939 Rocco seria apontado editor do Il Faro e no ano seguinte vice-presidente da denominação.

Quando aposentou, mudou-se para o asilo da CCNA na Flórida, onde morreu.

Septuaginta

A Septuaginta, cuja sigla é LXX, em sentido amplo refere-se a um conjunto de antigas traduções gregas das Escrituras Hebraicas realizadas entre os séculos III a.C. e meados do século II d.C.

Em sentito estrito, esse conjunto e os livros individuais também são referidos como Old Greek (OG), reservando o nome Septuaginta somente para as mais antigas recensões do Pentateuco.

A carta espúria de Aristeas (século II ou I a.C.) narra uma lenda de que o faraó Ptolomeu II Filadelfo encomendara a tradução para a Biblioteca de Alexandria. Teria requisitado cópias ao sumo-sacerdote de Jerusalém Eleazar e comissionado setenta (ou setenta e dois) tradutores judeus. Eles teriam produzidos manuscritos idênticos de forma independente.

A Septuaginta registra uma tradição manuscrita de uma fonte (Vorlage) hebraica diferente e anterior àquela preservada em qualquer manuscrito hebraico existente hoje.

Os autores do Novo Testamento demonstram empregar amplamente a Septuaginta, embora não exclusivamente. A Septuaginta contribuiu imensamente também para o vocabulário teológico e retro-influenciou a própria edição das Escrituras quer em hebraico, quer em outras línguas em vários aspectos (divisão do Pentateuco e nome dos livros, por exemplo).

A LXX ajuda a entender como era a interpretação das Escrituras em um estágio inicial de sua canonização.

Saul

Primeiro rei de Israel. Seu nome em hebraico שָׁאוּל‎, em grego Σαούλ. significa “desejado”.

O ciclo de Saul aparece nos livros de 1 Samuel 9-31 e 2 Samuel 1. Saul teria criado o primeiro exército e unificado as tribos israelitas em uma sociedade de estado unificada em uma monarquia. Originário de Gibeá, da tribo de benjamim, foi ungido rei pelo profeta Samuel. Saul enfrentou os filisteus. Depois, passou a perseguir seu genro e potencial concorrente, Davi.

Há várias alusões e sobrescritos nos salmos relacionados a Saul. Davi tocava sua harpa para dissipar a melancolia de Saul. Uma possível alusão aparece em Oseias 13:9-11.

No Novo Testamento outro benjamita, Paulo, é também chamado de Saulo, uma variante de Saul.