Stefano Cereghino

Stefano Cereghino foi um menestrel e violinista, animador dos mercados e feiras do norte da Itália, além de evangelista.

Em uma de suas viagens como músico itinerante em 1849 adquiriu uma Bíblia Diodati, a qual leu para sua família, residente na aldeia de Favale di Malvaro, na Ligúria.

Seus familiares passaram a fazer reuniões para a leitura da Bíblia, mas encontraram a oposição do pároco católico.

Pouco tempo depois, em suas viagens Stefano Cereghino chegou a Torre Pellice, centro da comunidade valdense no Piemonte. Lá participou pela primeira vez de um culto evangélico, quando se converteu ao Senhor.

Diante da conversão de Cereghino, os valdenses enviaram Paolo Geymonat para Favale para auxiliar os novos crentes.

Stefano estudou no Colégio Valdense de Torre Pelice, saiu como professor e evangelista. Em 1855 ele se casou com Caterina Malan e fundou a igreja valdense em Favale.

Stefano continou suas atividades itinerantes, mas agora como colportor de literatura evangélica e na distribuição de bíblias. Foi um dos primeiros evangelistas na Sicília, bastião sob controle dos reacionários Bourbons. Foi um dos primeiros membros e responsável pelo depósito da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira na Itália.

Os Cereghinos migraram em massa para Chicago na década de 1890, formando a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago.

Risveglio

O risveglio italiano (réveil em francês, revival em inglês, Erweckung em alemão) fez parte de vários movimentos de renovação espiritual ou avivamento que no século XIX se espalharam pela Europa continental.

Na década de 1810 iniciou-se um avivamento em Genebra, animado por pregadores ingleses depois da derrota de Napoleão, logo se esparramou pela Itália por ação de Félix Neff.

Este avivamento foi movidos por um ímpeto missionário. Essas missões muitas vezes foram realizado não pelas estruturas organizacionais das denominações, mas por associações livres de crentes, bem como um fervor reformista dentro das Igrejas, que também poderia levar à separação em comunidades livres. Na Itália ocorreu um avivamento entre as igrejas valdenses, as igrejas livres (Chiesa Cristiana Libera in Italia e Chiesa dei Fratelli) e as denominações fundadas por missionários de língua inglesa (batistas, metodistas, anglicanos, Exército de Salvação).

A repressão ultramontana e o reacionarismo político dificultaram a pregação do evangelho na Itália, mas abriram muitas possibilidades no exterior. Muitos exilados por razões políticas também encontraram o evangelho, formando igrejas italianas em Londres e Genebra. Uma consequência foi a aliança entre ativistas liberais e evangélicos, defendendo uma Itália unida na qual haveria uma “Igreja livre em um Estado livre” (Libera chiesa in libero stato). Coincidia também com o anseio pela emancipação civil e a justiça social.

A migração, de crentes ou não, possibilitou a formação de igrejas longes do controle paroquial católico. Assim, surgiram comunidades evangélicas italianas no Uruguai, Argentina, Brasil, mas seria especialmente nos Estados Unidos que um movimento evangélico floresceria.

Dentre os principais atores se destacam Paolo Geymonat, Conde Piero Guicciardini, Bonaventura Mazzarella, Pietro Taglialatela, Alessandro Gavazzi, Carolina Dalgas, dentre outros.

Em 1861 nasceu o Reino da Itália. Nele, os evangélicos criaram escolas para os analfabetos, orfanatos, eram próximos aos imigrantes, apoiavam os mais necessitados, faziam contribuições importantes no campo da cultura, especialmente na investigação histórica ou na filologia bíblica. Renasceu o interesse pela hinologia, pela diaconia e pelas escolas dominicais.

Em muitos aspectos o risveglio lançou os trilhos para depois florescer o grande avivamento pentecostal.

Paolo Geymonat

Paolo Geymonat (1827 – 1907) foi pastor valdense e professor da Faculdade de Teologia valdense. Como evangelista e teólogo do movimento de risveglio, influenciou a formação espiritual de uma geração de evangélicos italianos

.

Geymonat estudou na Genebra na École de Théologie de l’Oratoire, ligada ao réveil, o movimento de avivamento entre os suíços. Esteve por um breve período em Württemberg para aperfeiçoar sua educação.

Em 1849, foi enviado a Florença e Roma para apoiar a missão de evangelismo iniciada na esteira do movimento do Risorgimento. Em Florença colaborou com o pastor Bartolomeo Malan na obra de evangelização. Descoberto pela polícia durante uma reunião de oração, Geymonat foi preso e expulso do Grão-Ducado da Toscana.

Posteriormente trabalhou em Turim e a partir de 1851 em Gênova, onde teve Bonaventura Mazzarella como colaborador. Nessa época atendeu os novos convertidos da cidadezinha de Favale di Malvaro, maior parte da família de menestreis, os Cereghino.

Com a fundação da Escola de Teologia de Torre Pellice foi chamado para lecionar. A transferência da Escola de Teologia para Florença resultou na organização da Igreja Valdense naquela cidade.

Junto com Alessandro Gavazzi, Geymonat buscava a unificação das Igrejas Evangélicas Italianas e foi incumbido de fazer um estudo doutrinal sobre a possibilidade de alcançar esta união.

Depois de sua emeritação em setembro de 1902 faleceria em Florença.

Sua teologia é tipicamente do réveil genebrino. Para Geymonat a fé se expressa como uma experiência íntima de comunhão com Cristo, por meio da qual Deus revelou a verdade. Defendia a doutrina da inspiração plenária da Bíblia e do alcance universal do sacrifício de Jesus Cristo.

Foi professor de Filippo Grilli, ao qual transmitiu sua teologia à Primeira Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago, formada por muitos convertidos ou de seus descendentes do trabalho evangelístico de Geymonat.

BIBLIOGRAFIA

Van Den End, Thomas. Paolo Geymonat e il movimento evangelico in Italia nella seconda metà del secolo XIX. Torino: Claudiana, 1969.

Livros de Geymonat

“Paolo Geymonat” Dizionario dei protestanti in Italia

Papiro

O papiro deriva-se da parte fibrosa de uma planta aquática da família dos juncos que crescia abundantemente nas águas rasas do Nilo, nas proximidades do Delta (Jó 8:11) e no oásis de En-Gedi, próximo do Mar Morto.

Assemelhando-se a um caule de milho, a planta era usada de várias maneiras. Além da escrita também servia como combustível, comida, remédios, roupas, tapetes, velas, cordas e até para mascar.

Na manufatura de “papel” de papiro, o caule da planta madura era cortado em seções de cerca de trinta a quarenta centímetros de comprimento. Depois, abria-se cada um deles longitudinalmente e o núcleo da medula era removido e fatiado em tiras muito finas. Essas tiras colocadas longitudinalmente em uma superfície plana sobrepostas umas às outras e todas voltadas para a mesma direção. Em seguida, uma segunda camada era colocada em ângulos retos. As duas camadas eram então pressionadas ou amassadas até formarem um tecido. Uma pedra servia para polir, amaciar e aplainar as faces do papiro.

Cerca de vinte folhas individuais de papiro poderiam ser unidas ponta a ponta para formar um rolo. A partir desse rolo, os pedaços seriam cortados no tamanho necessário para escrever uma carta, um recibo, escritura ou qualquer outro registro.

O papiro textual mais antigo encontrado é o Diário de Merer ou o Papiro Jarf. Este registro das atividades de um grupo construtores foi descoberto em 2013. É datado do reinado do faraó Khufu (2589 e 2566 a.C.).

Na Idade do Ferro o papiro começou a ser comercializado em larga escala pelo Mediterrâneo. É notória a relação mercantil entre o Egito e a Fenícia no século XI a.C., como registrada na Jornada de Wen-Amon à Fenícia. Nessa mesma época, o Faraó Smendes (1076–1052) enviou 500 rolos de papiro ao rei de Byblos. Byblos se tornou o centro comercial e o próprio termo byblon passou a se referir ao volume ou rolo de papiro em língua grega.

O papiro não é taõ durável quanto o pergaminho. Em média duravam, com um cuidadoso manuseio, por uns 30 anos. Contudo, as areias secas do Egito provaram ser ambientes propícios para sua preservação.

Em 1778 houve uma redescoberta dos papiros do Egito pelos europeus. A procura por papiros antigos foi estimulada pela expedição de Napoleão.

Em 1877 começaram as tentativas de reprodução das técnicas de fabricação, sendo produzido na Sicília. Nesse mesmo ano ocorreu a descoberta dos papiros de Fayum, o primeiro grande achado de uma coleção de papiros. Levado à Áustria, essa coleção estimulou a pesquisa entre investigadores de língua alemã, dentre eles Ulrich Wilcken, um dos fundadores da papirologia como disciplina.

As escavações de Flinders Petrie encontraram o Papiro Petrie I em 1891, ano quando também foi publicada a Constituição dos Atenienses, de Aristóteles, a partir de dois papiros (um encontrado em Fayum em 1879, outro apareceu no mercado egípcio em 190).

O termo “papirologista” foi cunhado em 1896. O material frágil, seu caráter fragmentário, múltiplas línguas fizeram da papirologia uma ciência histórica complexa, extremente importante e demandando extensivo trabalho.

Entre 1896 e 1906 os estudiosos P.B. Grenfell e A. S. Hunt de Oxford foram procurar em sítios arqueológicos e depósitos de lixo no Egito restos de papiros. Consolidou-se com eles a papirologia como ciência especializada.

A classificação dos papiros pela papirologia em tipos documentais (datados, com poucas cópias, fins de produzir provas ou lembrança factual, como as cartas) e literários (sem datas, exceto em colofões; para fins religiosos, artísticos, com cópias reproduzidas com maior frequência) é útil para outras estudos bíblicos.

Os principais sítios arqueológicos onde foram encontrados papiros são:

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Dinheiro

Em sentido estrito dinheiro ou moeda é algum objeto convencionado como meio de troca ou designação de valor. No Antigo Testamento, o dinheiro assumia diferentes formas, incluindo metais, bens e gado. A peça de metal cunhada com a designação “moeda” somente seria popularizada mais tarde, já dos períodos persa e helenista em diante.

Entre as referências mais antigas a “dinheiro” estão as descrições de transações realizadas pelos patriarcas hebreus. Por seu incidente com Sara, Abimeleque pagou restituição a seu marido, Abraão (Gn 20: 14-16) em “ovelhas e bois, e escravos e escravas” que eram o equivalente a “mil moedas de prata”.

A palavra hebraica geralmente usada para “dinheiro” (kesef) significa literalmente “prata”. Como a prata era mais comum do que o ouro, que precisava ser importado do Egito ou da Anatólia, a maioria das transações bíblicas ocorreu com a prata.

Há relato de valoração dual desses metais, isto é, seu valor de uso como joia e valor atribuído como dinheiro. Acã escondeu a Josué os despojos tirados de Jericó (Js 7:21), incluindo dinheiro na forma de anéis e barras. O ouro que Jó recebeu quando suas riquezas foram restauradas (Jó 42:11) incluía anéis.

A necessidade de cunhar dinheiro foi tardia. As moedas cunhadas surgiram na Anatólia e Grécia como método de pagamento por volta do século VI ou V aC. A invenção de moedas ainda está envolta em mistério: de acordo com Heródoto (I, 94), as moedas foram cunhadas pela primeira vez por Alietas da Lídia (c. 610–560 a.C.), enquanto Aristóteles afirma que as primeiras moedas foram cunhadas por Demódica de Kyrme, esposa do rei Midas da Frígia. As mais antigas moedas encontradas em circulação foram cunhadas na ilha grega de Egina, pelos governantes locais ou pelo rei Feidon de Argos.

A difusão da moeda cunhada foi nos períodos persa e helenista. E a Bíblia atesta isso bem como a cunhagem de moedas helenistas e hasmoneias nesse períofo. Em Esdras 2:68-69, as famílias fizeram ofertas voluntárias para a reforma do Templo, dando ao tesouro “sessenta e um mil dáricos de ouro, cinco mil minas de prata”. O dárico e a mina eram moedas persas.

No período do Novo Testamento, a cunhagem romana havia se tornado um dos meios usados ​​pelo governo imperial para manter o império unido. O dinheiro cunhado, legalmente autorizado pelos governos, tornou-se o padrão de troca de bens, serviços e pagamento de impostos.

Um denário era o salário normal pago a um trabalhador por um dia de trabalho (Mt 20: 2). Era também o imposto do Templo na época de Jesus e provavelmente era a moeda referida em Mateus 22:21.

O dracma (Mt 15: 8) era uma moeda incomum da época de Cristo, pois o denário romano há muito tinha substituído as moedas de prata da fase selêucida helenista.

O didracma e o tetradracma (na verdade estater) (Mateus 17:24) são referências a moedas de prata da cidade de Tiro, usadas nos negócios do Templo. Os estaters eram iguais a siclos e, como os judeus foram proibidos de emitir suas próprias moedas de prata, foram forçados a usar moedas dessa cidade mercantil. Ironicamente, as moedas traziam a imagem do velho inimigo de Israel, Baal. Cambistas estavam disponíveis para trocar moeda estrangeira por essas moedas tírias. Judas foi pago com trinta estaters.

Uma das menores moedas era o Lepton, aquela da oferta da viúva (Marcos 12:42, Lucas 12:59; 21:2).

Michele Nardi

Michele Nardi (1850-1914) evangelista cuja obra missionária e social atendeu imigrantes italianos nos Estados Unidos e várias cidades na Itália no final do século XIX e início do XX.

Nascido em uma família de classe média de Savignano Sul Rubicone, província de Foli na Itália central, Nardi se engajou nas grandes causas de sua época, primeiro pela unidade Itália, depois pelo Evangelho. Ele lutou ao lado de Garibaldi na batalha de Mentana antes de ir para Florença para aprender sobre o comércio de antiguidades.

Depois de fazer amizade com expatriados americanos e britânicos, Nardi aprendeu a falar inglês fluentemente e ficou interessado em se mudar para os Estados Unidos.

Uma vez nos Estados unidos, Nardi começou um empreendimento como empreiteiro de ferrovias e, mais tarde, se tornou um investidor em ações. Ao conhecer um cristão americano durante uma viagem à Europa, Nardi teve seu primeiro contato com a Bíblia. Em uma viagem de negócios à Filadélfia, esse amigo americano deu mais uma vez o testemunho de Cristo. Então Nardi foi ao seu quarto de hotel e leu João 1:12. Nardi aceitou imediatamente a Cristo como seu salvador. Então ele ouviu o chamado de Deus para deixar tudo e segui-lo.

Tão profunda foi a transformação que Deus operou em seu coração, que ele vendeu seu negócio e decidiu consagrar sua vida para pregar a Cristo.

Nardi mudou-se para Nova York, onde frequentou a Missionary School, uma iniciativa de formação ministerial de A.B. Simpson e da Christian & Missionary Alliance. Naquela escola, Nardi conheceu e se casou com Blanche Phillips, uma jovem evangelista.

Adeptos da teologia da Santidade, mas sem subscrever nenhuma estrutura denominacional, Nardi e sua esposa tornaram-se evangelistas em tempo integral. Seu modus operandi consistia em pregar nas esquinas, realizar reuniões domésticas, evangelizar de porta em porta e, em seguida, alugar missões em portas comerciais para pregar e fornecer serviços sociais aos imigrantes italianos nas cidades industriais.

Em 1889, os Nardis chegaram a Chicago. Nesta cidade, Nardi reuniu um grupo de cristãos valdenses de Favale di Malvaro, uma cidade na Ligúria, e levou outros italianos a Cristo. Conforme o trabalho se desenvolvia, a Távola Valdense e o Presbitério de Chicago organizariam a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana em 1892 e enviariam o pastor Filippo Grill da Itália para ajudá-los. Esta igreja seria o primeiro lar espiritual para Louis Francescon e Rosina Balzano Francescon, Albert diCicco e Dora diCicco, Nicolas Moles e sua esposa. Depois que a congregação se estabilizou, Nardi continuaria sua missão, espalhando o evangelho em Spring Valley, Mo; São Francisco, Ca; Vinland, NJ; Cidade de Nova York e Itália, onde morreu em Rapallo.

De seu período de missão em Chicago, o Presbitério de Chicago registra:

“O trabalho entre os italianos em nosso próprio presbitério tem dois centros principais, a igreja italiana na rua West Ohio, 73, perto de Halsted, e a missão Nardi na rua West Taylor, 148. Esta última foi nomeada em homenagem ao Signor Nardi, que foi um dos primeiros a inaugurar o trabalho missionário protestante entre os italianos em Chicago. A narrativa das experiências do Signor Nardi desde que veio a este país é em si muito interessante.
Bem educado e um artista notável, ele veio para a América para ser um crítico de arte. Chegando na cidade de Nova York, sua atenção foi atraída pela aflição entre seus compatriotas em Five Points e em torno dele, e ele imediatamente começou a estudar como melhorar sua condição. Quanto mais investigava, mais entusiasmado ficava e finalmente decidiu abandonar a arte por enquanto. Ele submeteu um plano a uma das ferrovias do leste para obter um contrato para a construção de seu leito usando apenas italianos como trabalhadores, ele mesmo supervisionando a obra. Sua proposta foi aceita; e embora tenha criado um grande furor entre os trabalhadores irlandeses e americanos, como muitos se lembrarão, foi executado com sucesso. Naquela época, ele recusou todas as religiões, mesmo a de sua pátria mãe, e só alguns meses depois ele aceitou a Cristo e seus ensinamentos. Depois de estudar sob a direção do Rev. AB Simpson da cidade de Nova York, o Sr. Nardi e sua esposa, também uma estudante do Dr. Simpson, começaram o trabalho evangelístico, vindo para Chicago em 1889. Sr. e Sra. Nardi juntamente com trabalhadores da Sociedade Bíblica de Chicago realizavam reuniões domésticas, nas esquinas das ruas, ou visitavam de casa em casa, pregando o evangelho aos italianos sempre que surgia a oportunidade, a sociedade bíblica fornecia folhetos e porções das Escrituras para distribuição. Na primavera seguinte, Nardi garantiu um quarto na rua South Clark, 505, e organizou uma escola dominical.
Mais ou menos na mesma época, a Associação Cristã dos Moços cedeu seu salão perto da ponte da rua Kinzie para outra escola dominical. Foi neste último lugar que o primeiro serviço de comunhão entre os protestantes italianos foi realizado, e o interesse crescente logo se concentrou naquele distrito. Havia um elemento valdense que formava o núcleo de uma igreja, e a bênção de Deus se manifestava em conversões frequentes. No inverno seguinte, alguns amigos ficaram interessados ​​no andamento do trabalho, e entre eles estava a sempre lembrada amiga da Missão Nardi, a Sra. S. G. Hubbard, cujos devotados esforços pelos italianos ainda continuam. Em 1893 o presbitério de Chicago erigiu permanentemente uma igreja e pediu ao Sr. Nardi para se tornar seu pastor regular, mas ele recusou, acreditando que Deus o havia chamado para o trabalho evangelístico. Uma chamada foi feita ao pastor atual, o Rev. Filippo Grilli, que começou seu pastorado no início do outono de 1890, com 58 membros da igreja. Em 1894, o atual edifício de tijolos substancial na rua Ohio foi erguido, em grande parte devido à generosidade do Sr. Henry Willing. Em 1891, o Sr. Nardi abriu a terceira missão, que teve início na rua Desplaines e continuou lá até que um prédio e local mais adequados fossem garantidos na rua Taylor, agora chamada de Missão Nardi.
O trabalho iniciado na rua South Clark foi posteriormente mesclado com o da Missão Metodista, e um excelente trabalho está sendo realizado. O pastor Grilli prega e continua o trabalho na igreja italiana e na Missão Nardi. A Sra. Grilli é uma ajudante muito competente, assim como a Sra. R. Francesconi, que é superintendente da escola dominical na igreja italiana. Além dos cultos regulares de pregação, sempre realizados em italiano, há uma esplêndida escola dominical, escola de costura, reunião de mães e uma aula bíblica sob a liderança da Sociedade Bíblica. O trabalho é um encorajamento contínuo para aqueles que estão prestando seus serviços, e o que é surpreendente é que esses italianos levaram sua igreja e missão a um nível de sucesso com tão pouco dinheiro. Membros da igreja que voltaram para a Itália iniciaram círculos lá visando a organização de uma igreja.
A igreja evangélica da Itália, que é a união de todas as igrejas protestantes na península, relatou cinco novas igrejas adicionadas ao seu rol durante 1897, dando um total de trinta igrejas protestantes. Cerca de 1.000 pessoas passaram a ter comunhão íntima no ano passado. “
–E. Dryer, Chicago. In Simpson 1916: 32-36.
FONTES

Bisceglia, John. Italian Evangelical Pioneers. Kansas City, Mo, 1948.

Francescon, Louis. Faithful Testimony. Chicago, 1952.

Simpson, A.B.  Michele Nardi: The Italian Evangelist, His Life and Work. New York, 1916.

Toppi, Francesco. Michele Nardi: Il Moody d’Italia. Rome: ADI-Media, 2002.

Filippo Grilli

Filippo Grill (Grilli) (1861 – 1939) foi um pastor valdense natural de Prali, Piemonte. Grilli foi treinado na Faculdade Teológica Valdense em Florença sob a influência do evangélico Paolo Geymonat.

Em 1891, Grilli foi ordenado e a Igreja Valdense comissionou-o para ministrar no trabalho missionário conjunto com os presbiterianos em Chicago. Em Chicago, foi nomeado pastor da Primeira Igreja Presbiteriana Italiana até 1914, sendo assalariado pelo presbitério de Chicago da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.

Dessa época, Ottolini recorda-o como um “homem piedoso e devoto”. Grill também desenvolveria missão evangelística em torno de Chicago e St. Louis, levando muitos italianos a Cristo, que mais tarde se juntariam à Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, à Waldensian Presbyterian Church de Chicago, à West Taylor Street Mission (Presbiteriana), à Moody Italian Mission, à Igreja Metodista Italiana e à Assembleia Cristã.

Em Chicago, Grilli casou-se com uma sueca Albertina Bengston (1866-1929) em 1895, com quem teve cinco filhos.

Frequentemente é confundido com outro homônimo e também pastor valdese Filippo Grill (1859 – 1945), o qual foi missionário na Eritreia e missionário em St. Louis.

BIBLIOGRFIA

Ballesio, Gabriella. Fillipo Grilli in Dizionario Biografico dei Protestanti in Italia. Società di Studi Valdesi.s.d.

Cicero,Jr., Frank. Relative Strangers: Italian Protestants in the Catholic World. Academy  Chicago Publishers, 2011.

Erutti, Leonard.  The Life and Mission of Peter Ottolini. St. Louis, 1963.

Francescon, Louis. Faithful Testimony. Chicago, 1952.

Griglio, P. Filippo Grilli «La Luce», n. 20, 17 May 1939. Tourn N., I valdesi in America, Turin, Unione tipografica, 1906.

Watts, George Byron. The Waldensians in the New World. Durham, NC, 1941.

Pietro Menconi

Pietro Menconi (1874-1936) pioneiro no avivamento italiano de Chicago e ancião da Assemblea Christiana.

Muito pouco se sabe sobre sua vida antes de chegar a Chicago no início dos anos 1900. Menconi nasceu em Lucchesia, Toscana, e nos Estados Unidos casou-se com Angelina Bartolomei. Pietro tornou-se capataz de uma fábrica, mais tarde um pequeno empresário.

Morando no lotado bairro italiano do Loop de Chicago, os Menconis alugavam quartos para aumentar a renda familiar. Um de seus hóspedes, Giacinto Bartolomei (tio de Angelina) apresentou-os a G. Beretta, que começou a realizar reuniões de oração em sua casa e com seus vizinhos do lado, os Ottolinis. Como resultado, ambas as famílias se converteram.

O grupo cresceu e Beretta os ensinou a dar testemunho durante o culto e a ter uma postura mais participativa e informal sobre a igreja. Depois de um tempo, Beretta os convidou a frequentar a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana.

Depois de algumas diferenças culturais e de ordem de culto, Menconi e seus amigos deixaram a igreja presbiteriana e se encontraram novamente em casas particulares.

Enquanto isso, Francescon, um ancião da Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, convenceu-se da necessidade de se submeter ao batismo em água para adultos. Beretta concordou e, depois de ser ele mesmo batizado, convidou um grupo de crentes baseado em casa para ir à orla do lago de Chicago. No dia 7 de setembro de 1903, Dia do Trabalho, 18 pessoas foram imersas por Beretta, entre elas Menconi e sua esposa Angelina.

Devido ao batismo, o grupo que permaneceu na Igreja Presbiteriana sentiu que deveria partir. Então, começaram a realizar cultos semanais de leitura das Escrituras e para partir o pão.

Surgiu uma dissensão entre o grupo de Beretta e o grupo que deixou a Igreja Presbiteriana por causa da observância do domingo. Com essa cisão os liderados pelo Beretta alugaram um prédio comercial. A sala abriu-se para os serviços públicos, aumentando o número de crentes. Em poucos meses, Beretta deixou Chicago e foi para o estado de Nova York e ordenou Menconi e Ottolini como anciãos.

Depois de passar pelo avuvamento pentecostal em 1907, Menconi deixou seu cargo para Francescon. Votaria a exercê-lo novamente de 1908 a 1936.

Menconi, um fabricante de doces e dono de uma mercearia, empregou suas habilidades empresariais a serviço do Senhor. Durante seu mandato pastoral, a igreja comprou um terreno e construiu uma casa de oração na Eire Street em Chicago, escolhendo Assemblea Christiana como nome.

A nova igreja publicou um hinário e apoiou viagens missionárias com coletas feitas durante o serviço. A igreja cresceu e teve cultos realizados todas as noites durante a década de 1910.

Um doloroso acontecimento no início da década de 1920 deixou a igreja com feridas que ainda hoje são sentidas. Enquanto Francescon era uma figura carismática e viajava extensivamente na obra de Deus, Menconi cuidava dos assuntos diários da igreja. No entanto, quando Francescon voltou de uma de suas viagens para passar mais tempo em Chicago, Menconi supostamente sentiu seu papel como o ancião principal ameaçado. Nessa época Assembleia Cristã tinha um conselho coletivo de anciãos, da qual Menconi era o primeiro entre iguais. Meconi teria dito algo do gênero: “Francescon recebeu muitas revelações [de Deus] e nós as aceitamos sem maiores problemas. Agora, eu tenho uma única revelação que deve ser aceita. Ou seja, comer salsicha de morcela não é pecado nos dias de hoje. ” Seguiu-se um cisma e um litígio desagradável.

Apesar da divisão da igreja, Menconi manteve seus deveres pastorais. Ele morreu em um acidente de carro quando viajava para um serviço evangelístico no sul de Illinois.

FONTES
Erutti, Leonard. A Vida e a Missão de Peter Ottolini. St. Louis, 1963.
Francescon, Louis. Testemunho fiel. Chicago, 1952.
Toppi, Francesco. Pietro Menconi. Roma: ADI-Media, 1997.
Contatos pessoais com Esther Buchevitz (2001), Emil Zollezzi (2004), Mike Falco (2006).

Ironia

Ironia é uma figura de linguagem que conota o oposto do que significam as próprias palavras ou que contradiz a mensagem percebida à primeira vista.

O termo ironia vem do teatro da Grécia antiga, no qual o Eirôn era um dos três personagens estoques da comédia. O Eirôn subestimava a si mesmo para vencer seu oponente o alazão, o qual pela sua arrogante autoconfiança não percebia suas próprias limitações.

A Bíblia é abundante de ironias tanto em falas dos personagens, nos desfechos narrativos e como recurso argumentativo.

Em João 9, a conversa entre o cego de nascença e os líderes religiosos é um exemplo clássico de um eirôn que dissimula as pretensões orgulhosas de um alazão. Embora as autoridades religiosas insultem o cego de nascença e o chamem de “nascido em pecado” (João 9:34), o homem curado se opõe a tais acusações, pois agora ele vê. Ele, fingindo ignorância, perguntou ironicamente “Vocês também querem se tornar seu discípulo?” (João 9:27)

Como desfecho narrativo, a grande ironia foi a encarnação divina: Cristo tornando-se servo e humilhado até a morte para no final vencer os alazões — os que pediram sua morte, seus executores, o pecado e a morte.

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Fp 2:5-11

1 Reis 18:27: E sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; porventura, dorme e despertará.

Jó 12:2: Na verdade, que só vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria.

Juízes 10:14: Andai e clamai aos deuses que escolhestes; que vos livrem eles no tempo do vosso aperto.

Amós 4:4-5: Vinde a Betel e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e, cada manhã, trazei os vossos sacrifícios e, de três em três dias, os vossos dízimos. E oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai sacrifícios voluntários, e publicai-os; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Jeová.

Zacarias 11:13: O Senhor, pois, me disse: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do Senhor.

2 Coríntios 11:19: Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos.

Deuteronômio 32:37: Então, dirá: Onde estão os seus deuses, a rocha em quem confiavam,

Jó 38:4-5: Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. 5 Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?

Isaías 57:13: Quando clamares, livrem-te os teus congregados; mas o vento a todos levará, e a vaidade os arrebatará; mas o que confia em mim possuirá a terra e herdará o meu santo monte.

Isaías 57:13: E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.

João 19:14: E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.

2 Coríntios 11:19: Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos.

2 Coríntios 12:13 Porque, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo.

Sara

Sara, em hebraico שָׂרָ֖ה, grego Σαρρα, a primeira das quatro matriarcas hebraicas, esposa de Abraão. Sua história aparece primariamente no Ciclo de Abraão (Gn 11:26-25:12) em Gênesis.

O nome Sarai, e sua variante Sara, significa “princesa” ou “dama”. Possivelmente é cognato do acadiano Sharratu, o nome da esposa do deus da lua Sin.

De origem provavelmente mesopotâmica, acompanhou o marido em suas peregrinações para Canaã e Egito. (Gn 11:29-31; 12:5). Chamada de irmã de Abraão (Gn 12:10-20; 20:1-18) em incidências quando ela foi tomada por governantes contra sua vontade.

Por um longo período, Sara não teve filhos (Gn 11:29-30). Depois que sua serva Agar deu à luz Ismael (Gn 16:1-6; 21:9-14), Deus disse a Abraão, cujo nome até então era Abrão, para mudar o nome de “Sarai” para “Sara” (Gn 17:15). E anunciou que ela viria a ser mãe de um filho.

No nascimento de seu filho, Isaque (que significa risos ou gargalhadas) teria dito “Deus me fez rir, para que todos os que ouvem riam de mim” (Gn 21:1-7).

A morte de Sara é registrada com brevidade. Teria morrido em Quiriate-arba ou Hebrom à idade de 127 anos. Foi enterrada por Abraão na caverna de Macpela (Gn 23; 25:10; 24:67).

Nenhuma outra referência a Sara aparece nas Escrituras Hebraicas, exceto em Is 51:2. Lá, o profeta apela “Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei, e o multipliquei”.

No Novo Testamento Sara aparece no elenco dos heróis da fé de Hebreus 11: “Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido” (Hb 11:11). Paulo faz menções a ela (Rm 4:19; 9:9; Gl 4:21), utilizando-a como um tipo, principalmente em contraste com Agar.

Sara aparece citada em 1 Pe 3:6 como exemplo de obediência. Entretanto, não há parte em Gênesis em que Sara chama-o de Senhor, exceto Gn 18:12, onde não se refere a obediência. Ademais, Abraão é retratado obedecendo as vontades de Sara (Gn 16:2, 6; 21:12). Josefo (Contra Apião 2.25) e Filo (Hypothetica 7.3) retratam Sara como exemplo obediência, revelando ser esse o entendimento do século I d.C.

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Tabuletas de Nuzi