Raqia expansão, extensão ou firmamento era a abóboda celeste na cosmologia da Antiguidade. Os povos da Antiguidade imaginavam que o céu era coberto por redoma côncava que retinha as águas celestes.
Na Bíblia Hebraica aparece em Gn 1:6-8, 14-20; Sl 19:1; 150:1; Ez 1:22-26; 10:1; Dn 12:3.
Outras culturas da época possuíam semelhante cosmovisão:
- Os antigos egípcios pensavam que o céu era um telhado sustentado por pilares.
- Os sumérios acreditavam que o céu era uma abóboda de estanho.
- O céu de Homero é um hemisfério de metal que cobre uma terra redonda, plana, semelhante a um disco, cercada por água. Na Odisséia e a Ilíada a abóbada celeste é mencionada alternativamente como feita de bronze ou de ferro.
- Para Anaxímenes e Empédocles as estrelas estão encravadas em uma cúpula celeste cristalina.
- Platão se refere à “abóbada do céu” e ao “céu acima do céu” (Fedro 247)
- A abóboda celeste aparece nos escritos medievais de Nachmanides (Ramban), Comentário sobre a Torá, vol. 1, pp. 33, 36.