Fílon ou Filo de Alexandria (c. 20 a.C-c. 50 dC) foi um filósofo judeu.
Era membro da elite judaica de Alexandria. Participou da Legatio ad Gaium (“Embaixador de Gaio”), um grupo de judeus enviados a Roma para pleitear a causa judaica diante de Calígula depois de embates antijudaicos em Alexandria. Seu sobrinho, Tibério Júlio Alexandre, fez carreira no exército romano, serviu como governador da Judéia e como membro da equipe de Tito durante o cerco de Jerusalém durante a revolta judaica.
Com um método alegórico, Filo buscou harmonizar a filosofia grega (principalmente o médio platonismo) e o judaísmo. Escreveu um número grande de livros que foram copiados e preservados por cristãos. Desses, 52 livros, cerca de um terço de sua obra, sobrevivem inteiramente ou em fragmentos
Vários elementos das obras de Filo foram abraçadas pelos primeiros cristãos. Seu conceito do Logos como o princípio criativo de Deus possui pontos comuns com a teologia do Logos, a Palavra de Deus. O Logos divino teria uma existência semi-independente que Deus comunicou ao mundo. Como uma estrutura organizadora que a mente pode apreender, o Logos atua entre o Criador e a Criação.
A Torá é uma fonte sobre o certo e o errado. Quando não pode ser vista moralmente de forma clara, a Torá deve ser lida metaforicamente. As Escrituras deveriam priorizar um sentido mais profundo, o qual seria alegórico e espiritual, formando uma guia para a vida ética e a contemplação mística do Divino.
Como os mandamentos da Torá refletem a mente do Divino são uma porta de entrada para a alma humana em direção à espiritualidade pura e à salvação.
