Cornelius Jansen

Cornelius Jansen (1585-1638) foi um importante teólogo holandês e influenciador do movimento teológico conhecido como jansenismo.

Nascido na Holanda, Jansen começou sua educação na Universidade de Leuven, onde estudou filosofia e teologia. Mais tarde, tornou-se professor da mesma universidade.

O trabalho mais notável de Jansen é “Augustinus”, um livro publicado postumamente que apresentou suas visões teológicas. Baseando-se fortemente nos escritos de Santo Agostinho e nos debates contemporâneos entre os Reformados holandeses, Jansen enfatizou o conceito de depravação humana e a ideia de que a salvação depende inteiramente da graça de Deus. Como os gomaristas, Jansen fundamentava seu pensamento na predestinação, afirmando que Deus predestinou certos indivíduos para a salvação eterna, enquanto outros foram destinados à condenação.

Os ensinamentos de Jansen e a ênfase na graça divina geraram controvérsia dentro da Igreja Católica. Alguns viram suas ideias como excessivamente pessimistas e desafiadoras da compreensão tradicional do livre-arbítrio. Seu trabalho chamou atenção especial na França, onde seus seguidores formaram um movimento conhecido como jansenismo.

O jansenismo envolveu-se em vários conflitos com a Igreja Católica. Em 1653, a bula papal “Cum ocasionae” condenou cinco proposições derivadas das obras de Jansen. Essas proposições foram vistas como heréticas e foram explicitamente rejeitadas pela Igreja. O jansenismo enfrentou mais perseguições nos anos seguintes, com medidas tomadas para suprimir sua influência.

Apesar da oposição que enfrentou, o jansenismo deixou um impacto duradouro na teologia católica. Sua ênfase na graça divina, na depravação humana e na predestinação influenciou os desenvolvimentos teológicos subsequentes, particularmente no contexto do catolicismo. O jansenismo também teve uma influência significativa na literatura e na cultura francesa durante os séculos XVII e XVIII.

Acácio de Cesareia

Acácio de Cesareia (c. 310 – 366) foi um bispo e teólogo cristão envolvido nas disputas cristológicas do século IV, como expoente dos homeanos.

Nasceu na Palestina e tornou-se bispo de Cesareia no início dos anos 340. Acácio afirmava a divindade de Jesus Cristo e desempenhou um papel significativo na controvérsia ariana do século IV.

Era um forte oponente da teologia ariana, que atribuia uma divindade subordinada de Jesus Cristo. No entanto, Acácio também estava associado a um grupo de bispos conhecidos como homoeanos, para quem o credo de Niceia deveria ser corrigido.

Quanto ao credo niceno, os homoeanos rejeitaram o termo “consubstancial” (homoousios) que foi usado no Credo Niceno, argumentando que era muito preciso e potencialmente divisivo. Em vez disso, preferiram o termo “similar em substância” (homoiousios).

A doutrina dos homoeanos foi favorecida pelo imperador Constâncio II. Concílios em Esmira (22 de maio de 359), Rimini (outubro de 359) e Selêucia (inverno de 359) promulgaram a doutrina homoeana. Assim, foi posição dos bispos do cristianismo majoritário, exceto no Egito. Contudo, foi abandonada após a morte de Constâncio em 361. Renasceu no Oriente durante o reinado do imperador Valente (364-378), mas foi finalmente condenada pelo Concílio de Constantinopla em 381.

Tecla

Tecla foi uma pioneira cristã e companheira do apóstolo Paulo. Segundo a tradição, ela nasceu em Icônio, na Ásia Menor (atual Turquia), no século I dC.

Segundo os Atos de Tecla e Paulo, um conjunto que integra os Atos Apócrifos dos Apóstolos, Tecla estava noiva de um homem chamado Tamiris, mas ela foi atraída pelos ensinamentos de Paulo, que estava pregando em Icônio. Apesar da oposição de sua família e de seu noivo, Tecla se converteu ao cristianismo e se tornou uma seguidora de Paulo.

O compromisso de Tecla com sua nova fé foi testado quando ela foi acusada de impropriedade e levada a um tribunal. Foi condenada a ser queimada na fogueira, mas de acordo com a tradição, ela sobreviveu milagrosamente às chamas e conseguiu escapar.

Tecla continuou a viajar com Paulo e disse ter realizado milagres e evangelizado em várias cidades da região do Mediterrâneo. Ela também é creditada por estabelecer várias comunidades cristãs. Viveu sua velhice em uma caverna em Selêucia. Nessa comunidade, ensinou e batizou, tornando-se um local de peregrinação no final da antiguidade, hoje chamado Ayathekla. O local tornou-se o talvez primeiro e mais antigo monastério cristão, formando uma comunidade ao seu redor, hoje a vila de língua aramaica Maaloula.

A história de Tecla foi celebrada na arte e na literatura cristã. Os Atos de Paulo e Tecla foram traduzidos para vários idiomas como copta, siríaco, armênio , etíope, árabe e latim. Em algumas tradições é considerada apóstola. Em outras, na esteira de Tertuliano, desconsidera seu papel. Embora a extensão de suas atividades seja cercada em lendas, a historicidade de Tecla, missionária e mestre itinerante, é aceita sem problemas, visto as abundantes evidências antigas.

Alida Bosshardt

Alida Bosshardt ou Majoor Bosshardt (1913-2007) foi uma oficial e missionária holandesa do Exército de Salvação.

Bosshardt dedicou mais de 60 anos a servir as comunidades pobres e marginalizadas, particularmente no distrito de prostituição de Amsterdã. Bosshardt viveu por seu compromisso com a justiça social e com esforços constantes para melhorar a vida das pessoas. Era amplamente respeitada por sua compaixão e dedicação, e recebeu inúmeros prêmios e homenagens ao longo de sua vida por seu trabalho humanitário.

O mistério dos manuscritos valdenses

Os Valdenses praticavam sua religião em segredo, escondidos nas montanhas e grutas para cultuar a Deus de acordo com as Escrituras. Pregadores itinerantes, conhecidos como barbas, memorizavam partes da Bíblia no inverno e viajavam disfarçados de mercadores para edificar as famílias valdenses espalhadas pela Europa.

Em 1530, quando a Reforma Protestante começou a surgir na Europa, os Valdenses ficaram apreensivos. Anteriormente, haviam se aliado aos hussitas que desafiavam o poder papal, mas a repressão foi dura e a consequência desastrosa. Com medo de sofrerem novamente decidiram investigar a Reforma

Prudentemente, os barbas valdenses se reuniram em um sínodo em Méridol em 1530 e enviaram dois representantes, George Morel de Freissinières e Pierre Masson de Burgogne, inquirir sobre esse movimento protestante entre os suíços. Os dois entraram em contato com os reformadores Guillaume Farel, Oecolampadio e Bucer. Pierre Masson acabou preso e Morel escreveu um longo relato aos seus irmãos.

Depois de uma visita de Farel e Olivetan (que traduziria a Bíblia ao francês) aos Alpes, os valdenses se reuniram em um sínodo sob os castanhais de Chanforans (hoje em Angrogna, Itália). Por seis dias discutiram os temas da reforma, principalmente sobre assumir publicamente a fé reformada. Em 12 de setembro de 1532 concluíram o sínodo com uma declaração de fé que resumia as seguintes crenças:

  • Que o culto divino deva ser realizado em espírito e verdade.
  • Que todos os salvos do passado e presente foram eleitos por Deus antes da fundação do mundo.
  • Que os cristãos não deveriam jurar.
  • Que a confissão auricular não tem base nas Escrituras.
  • Que o cristão não deva fazer vinganças.
  • Que o cristão pode exercer o ofício de magistrado sobre outros cristãos
  • Que as Escrituras não ordena tempos para jejuns.
  • Que o matrimônio [dos ministros] não é proibido.
  • Que não é incompatível para os ministros terem bens para sustentar suas famílias.
  • Que os sacramentos das Escrituras são o batismo e a santa ceia.

E, principalmente, os valdenses unir-se-iam à Reforma. Em razão disso, depois do sínodo, Daniel de Valence e Jean de Molines, dois barbas que discordaram dos resultados foram consultar os valdenses que viviam no Reino da Boêmia.

Visando manter a união, os valdenses boêmios recomendaram que fizessem um novo sínodo. No verão de 1533 foi realizado outro sínodo, em Prali. Para desgosto de Daniel de Valence e Jean de Molines o sínodo de Prali confirmou as decisões de Chafforan e uniria o movimento valdense definitivamente com a Reforma.

Desapontados, Daniel de Valence e Jean de Molines recolheram os manuscritos valdenses. Saíram dos vales e nunca mais se ouviu falar deles.

BIBLIOGRAFIA

Gay, Jules. “Equisses d’Histoire Vaudoises.” Bulletin de la Société de l’Histoire du Protestantisme Français (BSHPF) (1907): 16.

Muston, Alexis. A Complete History of the Waldenses and Their Colonies, Vol. I. London: Religious Tract Society, 1838, 131.

Perrin, J. N. History of the Waldenses. Philadelphia: Griffith and Simon, 1847, 102.

Aida Chauvie 

Aida Chauvie (1899-1962) foi uma editora evangélica valdense que aderiu à mensagem de renovação pelo Espírito.

Aida intencionava ser cantora lírica, mas o curso da vida tomou outros caminhos. Depois da 2a Guerra Mundial, começou a corresponder com Giuseppe Petrelli e dar continuidade em seus periódicos.

Juntaram-se a ela, Antonio e Caterina Bernabei, prosseguindo na atividade editorial e de beneficência. Reeditaram todos os livros de Petrelli. Aida fez do casal seus sucessores e herdeiros espirituais.

Movimento de Santidade

O Movimento Holiness ou Movimento de Santidade surgiu em meados do século XIX na América do Norte como uma resposta à percepção da morte espiritual e à prevalência do pecado na sociedade americana.

Sua crença principal era no conceito de “perfeição cristã” ou “inteira santificação”, que ensinava que, por meio da obra do Espírito Santo, um cristão poderia ser totalmente purificado de todo pecado e capacitado para viver uma vida de santidade, sem ter desejo de pecar mais. Algumas vertentes ensinava que essa inteira santificação ocorria em um momento específico e dramático, mas distinto da experiência de conversão. Esse ensinamento enfatizava a necessidade de santidade pessoal e era visto como um chamado ao discipulado radical.

O engajamento social também foi um aspecto fundamental do Movimento de Santidade, pois seus membros acreditavam na importância da justiça social e da reforma. Eles estavam envolvidos em várias causas sociais, como temperança, abolicionismo e sufrágio feminino, e muitos acreditavam na ideia de “santidade social”, o que significava que a santidade individual deveria ser expressa por meio da ação social.

As práticas devocionais no Movimento de Santidade incluíam oração, estudo da Bíblia e reflexão pessoal, bem como o uso de várias disciplinas espirituais, como jejum e registro no diário. Eles também enfatizaram a importância da adoração corporativa e da comunhão.

O Reavivamento Metodista, liderado por John Wesley, foi uma influência significativa no Movimento de Santidade. Wesley ensinou o conceito de “perfeição cristã”, e sua ênfase na santidade pessoal e no engajamento social forneceu uma base para o Movimento de Santidade.

A vertente de Vida Superior dentro do Movimento de Santidade enfatizou a importância de uma segunda obra de graça, que poderia levar a uma experiência mais profunda da perfeição cristã. Este ensinamento tornou-se um ponto significativo de controvérsia dentro do Movimento de Santidade.

Historiadores como Vinson Synan, Donald Dayton e Edith Blumhofer conectaram o Movimento de Santidade com o Movimento Pentecostal. Eles argumentam que o Movimento de Santidade forneceu uma base teológica e experimental para o Movimento Pentecostal, que surgiu no início do século XX. A ênfase na santidade pessoal e na experiência do Espírito Santo foram conexões fundamentais entre os dois movimentos. Além disso, o Movimento de Santidade forneceu uma rede de líderes e instituições que ajudaram a espalhar a mensagem pentecostal. Por fim, a hinódia do movimento de Santidade constituiria grande parte dos hinos entoados pelas vertentes pentecostais clássicas.

Principais Líderes:

Phoebe Palmer
William Boardman
Hannah Whitall Smith
William Booth

Associações do século XIX:

Associação Nacional de Santidade (fundada em 1867)
Convenção de Keswick (fundada em 1875)

Denominações Atuais:

Igreja do Nazareno
O Exército de Salvação
Igreja de Deus (Anderson, Indiana)
Igreja Metodista Livre
Igreja Evangélica Santidade
Aliança Cristã e Missionária
Igreja Wesleyana
Igreja Peregrina da Santidade

O Benefício de Cristo

O Benefício de Cristo, ou seu título completo no original “Trattato Ultilissimo Del Beneficio Di Geisu Christo Crocifisso”, foi um dos livros de devoção espiritual de grande circulação na Europa do século XVI, além de umas das primeiras obras teológicas da Reforma italiana.

Uma obra anônima que refletia os anseios da Reforma italiana que, entre 1541 e 1548, teve impressas cerca de 40.000 a 80.000 cópias, das quais muito poucas restam, visto que a maioria foi queimada. Depois de alguns anos, o livro foi traduzido para o inglês, francês, croata e castelhano. Foi queimado em Nápoles em 1544, colocado no índice de livros proibidos em 1549 e finalmente proibido pelo nome no Concílio de Trento. Acreditava-se que a obra estivesse completamente perdida até que uma cópia foi redescoberta na Inglaterra no século XIX no St John’s College, Cambridge.

A autoria foi erroneamente atribuída a Aonio Paleario (1503-1570), um mártir da Reforma na Itália. Contudo, registros Inquisição abertos no final do século XIX apotam que um certo Don Benedetto, seja o provável autor.

Em 1567, ao ser torturado, o humanista Pietro Carnesecchi (1508-1567) indicou o possível autor. Carnesecchi disse que o livro foi escrito por um obscuro monge beneditino, Benedetto Fontanini, também conhecido como Benedetto da Mantova (1495-1556). Depois de escrevê-lo, Benedetto passou-o para o poeta Marcantonio Flaminio (1498-1550) para uma revisão literária. Depois de revelar esses nomes, Carnesecchi foi executado.

Benedetto viveu em mosteiros em Mântua e Veneza. Foi o responsável por um mosteiro na Sicília e outro perto de Ferrara. Teria sido influenciado pelo reformador espanhol Juan de Valdes (1498?-1541) e Peter Martyr Vermigli (1499-1562).

Em 1549, foi interrogado sob acusações de heresia, mas foi liberado. Morreu por volta de 1556.

A obra foi fortemente influenciada pelas “Institutas” de João Calvino de 1539e uma teologia agostiniana. Salienta a dependência absoluta do homem em Cristo para a salvação.

SUMÁRIO

CAPÍTULO I. Do pecado original e da miséria do homem.
CAPÍTULO II. Que a lei foi dada por Deus com a intenção de que pudéssemos primeiro conhecer nosso pecado; e então, desconfiando de sermos justificados por nossas próprias obras, podemos correr para a misericórdia de Deus e a justiça da fé.
CAPÍTULO III. Que o perdão dos nossos pecados, nossa justificação e toda a nossa salvação dependem de Cristo.
CAPÍTULO IV. Dos efeitos da fé viva e da unidade ou acordo da alma com Cristo.
CAPÍTULO V. Como o homem cristão se veste ou se veste com Cristo.
CAPÍTULO VI. Certos remédios contra a incredulidade ou descrença.

Horace Bushnell

Horace Bushnell (1802-1876) foi um ministro e teólogo congregacional americano que fez contribuições significativas para o pensamento religioso americano no século XIX.

Nascido em Bantam, Connecticut, Bushnell se formou no Yale College em 1827 e mais tarde frequentou a Yale Divinity School. Após a formatura, Bushnell serviu como pastor congregacional em várias igrejas de Connecticut, e sua carreira incluiu vários anos como professor de teologia na Yale Divinity School. Ele era conhecido por seus sermões e escritos sobre teologia, que desafiavam as crenças protestantes tradicionais e procuravam conciliar a religião com os desenvolvimentos intelectuais e científicos modernos.

O pensamento teológico de Bushnell enfocou a ideia da “Teologia da Nova Inglaterra”, que enfatizava a importância da experiência religiosa pessoal e o papel do Espírito Santo na salvação individual. Ele rejeitou as estritas doutrinas calvinistas da predestinação e do pecado original, enfatizando, em vez disso, o poder da vontade humana e o potencial de aperfeiçoamento moral por meio da prática religiosa.

Uma das contribuições teológicas mais significativas de Bushnell foi sua doutrina da expiação, que procurou reinterpretar a compreensão protestante tradicional da morte de Cristo na cruz. Na visão de Bushnell, a expiação não era uma troca transacional de punição pelo pecado, mas sim uma demonstração do amor e da solidariedade de Deus com a humanidade diante do sofrimento e do mal.

Bushnell argumentou que o sofrimento de Cristo não foi apenas um pagamento pelo pecado, mas uma participação na experiência humana de sofrimento e uma demonstração de empatia e solidariedade divinas. Ele acreditava que esse entendimento da expiação estava mais de acordo com os ensinamentos do Novo Testamento e mais compatível com os desenvolvimentos intelectuais e científicos modernos.

Sua doutrina da expiação, enfatizando a solidariedade de Cristo com a humanidade no sofrimento, continua sendo uma contribuição significativa para a teologia cristã. A cruz não mudou a atitude de Deus. Antes foi uma revelação do perdão perpétuo de Deus e sua disposição para sofrer conosco e por nós. A obra de expiação de Cristo foi altruísta; assim, foi um sofrimento vicário, como no Servo Sofredor de Isaías, mas não de substituição penal. Essa perspectiva é tida como um renascimento da teoria da influência moral de Abelardo.

Bushnell antecipou as justificações teológicas para o continuísmo da ação divina de forma miraculsoa. Considerou que qualquer a negação dos milagres contemporâneos seria uma ameaça a todo o argumento do sobrenatural registrado na Bíblia. Ele previu: “Agora pode estar surgindo uma dispensação de dons e milagres mais distinta e amplamente atestada do que foi testemunhada por séculos”. (1858).

A recepção do pensamento de Bushnell foi controversa. Conforme sumarizado por Smith e Town (2015) : “Desprezado por seus críticos como liberal, calvinista, místico e herege, a teologia de Horace Bushnell – particularmente seu modelo de educação cristã – prevaleceu como um modelo significativamente influente para a educação religiosa.”

BIBLIOGRAFIA

Bushnell, Horace. Nature and Supernatural. 1858.

Bushnell, Horace. The Vicarious Sacrifice: Grounded in Principles of Universal Obligation. RD Dickinson, 1892.

Haddorff, David W. “The Horace Bushnell Controversy, 1849-1854: A Crisis in Connecticut Congregationalism.” Connecticut History Review 38.1 (1997): 56-73.

Mullin, Robert Bruce. “Horace Bushnell and the question of miracles.” Church history 58.4 (1989): 460-473.

Olson, Roger. “Remembering the “Progressive Orthodoxy” of Horace Bushnell”. Patheos, 2012.

Smith, Samuel J.; Town, Elmer L. “Horace Bushnell: Advocate of Progressive Orthodoxy and Christian Nurture.” Liberty University, 2o15.

Krister Stendahl

Krister Stendahl (1921-2008) foi um teólogo e bispo sueco que teve um impacto significativo no campo dos estudos bíblicos e do diálogo inter-religioso.

Stendahl obteve seu doutorado em estudos do Novo Testamento na Universidade de Uppsala, na Suécia, em 1954. Em seguida, lecionou na Harvard Divinity School por muitos anos, onde atuou como reitor de 1968 a 1979. Em 1976, foi ordenado bispo de Estocolmo na Igreja da Suécia, e em 1984 tornou-se Bispo de Lund. Ele também foi professor visitante em várias universidades, incluindo Yale, Princeton e a Universidade da Califórnia em Berkeley.

Foi um proponente de uma teologia bíblica que buscava entender as crenças presentes e subjacentes a cada texto delimitado (perícope, livro) da Bíblia. Sua área de especialidade era os estudos paulinos.

As ideias teológicas de Stendahl focavam na importância de entender as diferentes religiões em seus próprios termos, em vez de julgá-las de uma perspectiva estreita e etnocêntrica.

Quando questionado sobre sua opinião acerca da construção de um templo mórmon na Suécia, respondeu com suas três regras para compreensão da religião alheia:

  1. Quando você tentar entender outra religião, deve perguntar aos adeptos dessa religião e não aos seus inimigos.
  2. Não compare o melhor de sua religião com o pior da religião alheia.
  3. Deixe espaço para a “inveja santa”: esteja disposto a reconhecer elementos na outra religião para admirá-la e que possa, de alguma forma, refletir em sua própria religião.