Gottfried Menken

Gottfried Menken (1768-1831) foi um teólogo reformado alemão.

Gottfried Menken iniciou seus estudos teológicos na Universidade de Jena e foi muito influenciado pela combinação da filosofia natural com o biblicismo pietista. Na década de 1790, Menken pregou em vários lugares no Baixo Reno, incluindo Wuppertal.

Ao longo de sua carreira, Menken serviu como pastor na congregação reformada em Frankfurt am Main, Wetzlar e Bremen. Ele era um oponente determinado do racionalismo, mas também não era um seguidor da doutrina oficial. Menken foi espiritualmente influenciado por Bengel e pelo médico Samuel Kallenbusch, particularmente em relação à sua rejeição da doutrina do sofrimento de Cristo como punição.

Embora Menken pertencesse à igreja reformada, ele não era confessional e baseava suas doutrinas na própria Bíblia. Os pensamentos e crenças teológicas de Menken foram considerados únicos e muitas vezes controversos durante seu tempo, o que contribuiu para seu impacto significativo na teologia na Alemanha.

Nathaniel William Taylor

Nathaniel William Taylor (1786-1858) foi um teólogo congregacionalista que estudou com o filho de Edwards e se tornou um dos principais proponentes da Teologia de New Haven, um movimento que procurou modernizar as ideias de Edwards para o século XIX.

Taylor enfatizou a importância da agência humana na salvação e minimizou a doutrina do pecado original. Salienteva, em vez disso, o papel da responsabilidade pessoal pelo pecado.

Desenvolveu a doutrina de “governo moral” – a ideia de que Deus governa o universo de acordo com princípios morais.

Suas ênfases na moralidade e na responsabilidade levaram a todo redirecionamento dos evangélicos nortistas para obras de justiça social.

Ulrich Zwingli

Ulrich Zwingli (1484-1531) foi um teólogo e reformador suíço, líder da Reforma de Zurique. Ele enfatizou a importância da Bíblia e rejeitou muitas das tradições da Igreja Católica.

Zwingli era um pároco de uma aldeia no cantão de Zurique quando passou a ler o Novo Testamento e chegou, de forma independente, às conclusões similares de Lutero.

Para Zwingli, o sacrifício e a morte de Cristo foram um evento, realizado totalmente no tempo, e são válidos e eficazes para sempre. Em consequência, o momento ou ato decisivo para restaurar a relação rompida entre Deus e os homens não reside na fé individual; ao contrário, a fé é uma espécie de reconhecimento e aceitação pessoal de uma reconciliação já realizada. Isso também tem consequências para a compreensão da Ceia do Senhor: é uma refeição simbólica para celebração de lembrança e gratidão do sacrifício de Cristo.

Nomeado pregador da mais prestigiosa igreja de Zurique, Zwingli implantou a Reforma na cidade, mas morreria quando enfrentou os exércitos católicos. Seu legado foi a vertente reformada da Reforma protestante.

Cornelis van der Kooi

Cornelis van der Kooi (1952- ) é um teólogo reformado holandês.

Sua carreira está associada à Vrije Universiteit Amsterdam, tendo escrito sobre pneumatologia, teologia refomacional e estudos barthianos. É autor de uma teologia dogmática, junto de Gijsbert van den Brink.

BIBLIOGRAFIA

Site pessoal

van der Kooi, C. As in a Mirror. John Calvin and Karl Barth on Knowing God. A Diptych, Leiden: Brill, 2005.

Ernst Troeltsch

Ernst Troeltsch (1865-1923) foi um teólogo, historiador das religiões e filósofo da Igreja Evangélica Alemã.

Para Troeltscho cristianismo deve ser entendido em seu contexto histórico e cultural e que deve estar aberto ao diálogo com outras religiões e cosmovisões. Por isso, a doutrina e a prática cristãs deveriam ser adaptadas às mudanças nas circunstâncias sociais e culturais. Entre suas obras estão The Social Teachings of the Christian Churches e The Absoluteness of Christianity and the History of Religions.

A abordagem de Troeltsch à teologia usando o método histórico, que leva à sua compreensão particular da crença cristã e da cristologia. Troeltsch não afirma uma necessidade de crença em milagres específicos ou as crenças cristãs tradicionais sobre a natureza de Jesus, mas usa a teoria social para explicar o impacto de Jesus em seus contemporâneos e o surgimento da Igreja primitiva. Troeltsch vê Jesus como o catalisador para a formação da comunidade cristã, mas não o vê como Deus encarnado ou sua morte na cruz como tendo valor salvífico universal e absoluto. Ele também reconhece que o significado de Jesus varia em diferentes culturas e tradições religiosas.

Foi colega e vizinho de Max Weber (1864-1920), amigo de Georg Jellinek (1851-1911) e Abraham Kuyper (1837-1920).

Abraham Kuyper 

Abraham Kuyper (1837-1920) foi um teólogo reformado, jornalista, estadista e filósofo político holandês. Influencial pelo Het Réveil, Kuyper foi uma figura-chave no movimento neocalvinista e desempenhou um papel significativo no desenvolvimento da democracia cristã protestante.

As ideias políticas de Kuyper estão centradas em seu conceito de “esferas de soberania”. Diferentes esferas da sociedade, como o estado, a família, a igreja e a economia, têm responsabilidades separadas e distintas e devem operar independentemente umas das outras, mas funcionalmente subordinadas a valores e objetivos cristãos — ultimamente ao senhorio divino.

Kuyper fundou o primeiro partido moderno em uma democracia eleitoral, uma universidade (a Vrije Universitatet Amsterdam) e empresas de mídias voltadas ao ideal de pilarização da sociedade. Por essa estratégia política, cada comunidade (católica, socialista, liberal, reformada) possuía suas próprias instituições sociais nos Países-Baixos. Como crente em uma graça comum, Kuyper argumentava que seria legítimo fazer coalização com cada uma das comunidades para influenciar os resultados políticos. Também defendia a função social do Estado, formando um estado de bem-estar social democrata cristão.

Em seu pensamento teológico, Kuyper enfatizava a soberania de Deus em todos os aspectos da vida e a importância de aplicar os princípios bíblicos à sociedade. Ele acreditava na depravação total da humanidade e na necessidade de regeneração individual por meio da fé em Jesus Cristo.

Nicholas Walterstorff

Nicholas Walterstorff (nascido em 1932) é um filósofo norteamericano.

Lecionou no Calvin College por 30 anos e contribuiu muito para estabelecer a epistemologia reformada com Alvin Plantinga. Discutiu o senso comum escocês de Thomas Reid, rejeitando o fundacionalismo.

Como docente ou pesquisador esteve nas universidades de Princeton, Michigan, Chicago, Notre Dame, na Universidade Livre de Amsterdam, Yale, Oxford e St Andrews.

James A. K. Smith

James A. K. Smith (nascido em 1970) é filósofo, teólogo canadense-americano que combina as tradições reformada e pentecostais.

Atualmente é professor de filosofia na Calvin University. Trabalha a partir de métodos, questões e pressupostos da ortodoxia radical e do cristianismo pós-moderno. Discute temas de epistemologia, espiritualidade, a ética, a estética, a ciência e a política.

Jürgen Moltmann

Jürgen Moltmann (nascido em 1926) é um teólogo reformado alemão

Moltmann serviu o exército alemão durante a 2a Guerra Mundial, sendo feito prisioneiro, quando experimentou uma forma revitalização espiritual. Decidiu seguir carreira teológica e foi professor de Teologia Sistemática na Universidade de Tübingen.

Moltmann propôs uma teologia da esperança, em termos e quase contemporâneo a Rubem Alves e emergência da teologia da libertação latino-americana. Fundado nas experiências de sofrimento, sua teologia é baseada na visão de que Deus sofre com a humanidade, ao mesmo tempo em que promete à humanidade um futuro melhor por meio da esperança da ressurreição. A morte e ressurreição de Cristo são os meios pelos quais a humanidade pode participar do vindouro reino de Deus.

Também é proponente de um modelo trinitarianismo social. A ação de Deus no mundo é funcionalmente trintária.

Moltmann oferece uma teoria de recapitulação redentiva. Deus em Cristo morreu na cruz, levantando assim a questão da impassibilidade de Deus – o conceito de que Deus não pode sofrer. O abandono de Jesus por Deus seria uma degradação à situação de pecado, com o propósito de recriar e aperfeiçoar a vontade humana no triunfo sobre o pecado.

Suas principais obras são Theology of Hope (1964), The Crucified God (1972) e The Church in the Power of the Spirit (1975).