Vittoria Colonna (1492 – 1547), marquesa de Pescara, foi uma nobre, poetisa e participante da Reforma na Itália.
Era primogênita de Fabrizio Colonna (1460-1520), Duque de Marsi e Paliano, Marquês de Manopello e Condestável de Nápoles, e de Agnese da
Montefeltro (1470-1506), filha do Duque de Urbino. Vittoria seria a “mulher mais conhecida na Itália nos Quinhentos”.
Depois de enviuvar-se e enfretar um período depressivo, Vittoria estabeleceu-se em Isquia, esteve em alguns conventos pela Itália, começou a interagir com vários líderes religiosos. Entrou em contato com a corrente reformista moderada que incluia o cardeal Gaspare Contarini, Bernardino Ochino, Gian Matteo Giberti, Pietro Bembo e Giovanni Morone, bem como com Juan de Valdès. Mais tarde reuniria em seu círculo outros reformadores, como o cardeal Reginald Pole, Marcantonio Flaminio, Alvise Priuli e Pietro Carnesecchi.
Em 1537 a marquesa instalou-se em Ferrara. Lá contribuiu com Bernardino Ochino a fundar um mosteiro de Clarissas Capuchinhas conforme os ideiais reformadores. Morreu no convento de San Silvestro in Capite e sua morte, pouco antes do início das perseguições contra os reformadores spirituali na Itália.
Poetisa, foi autora de obras devocionais como Rime spirituali, il Trionfo di Cristo e em prosa Pianto sulla Passione di Cristo.
BIBLIOGRAFIA
Brundin, Abigail. Vittoria Colonna and the Spiritual Poetics of the Italian Reformation. Routledge, 2016.