Roscelino de Compiègne (c. 1050—ca. 1125) foi um filósofo escolástico medieval e um dos fundadores da modernidade.
No debate sobre os universais, Roscelino argumentou que os universais existiriam somente como nomes para serem aplicados pelos sujeitos às coisas (post res), fundando o nominalismo. Roscelino foi acusado de triteísmo. Afinal, dizer que Deus era referido por três res distintas – Pai, Filho e Espírito Santo – seria concluir que não havia uma unidade divina. No entanto, uma consequência inesperada do pensamento de Roscelino foi tirar a autoridade dos místicos e clérigos: o conhecimento não seria restrito a uma pessoa elevada aquela capaz de compreender os universais ou a divindade. Qualquer coisa — desse mundo ou mesmo divino — seria discutível por qualquer um que utilizasse os mesmos termos.