Francisco Xavier de Oliveira

Francisco Xavier de Oliveira, dito Cavaleiro de Oliveira (1702–1783) foi um escritor estrangeirado português, apologista do protestantismo.

Nascido em Lisboa, era o filho mais velho de José de Oliveira e Sousa, figura que serviu como Balcão de as Contas Reais e Secretário de D. João Gomes da Silva, Conde de Tarouca. A mãe de Francisco Xavier de Oliveira era Isabel da Silva Neves.

Aos 14 anos, em 1716, Francisco Xavier de Oliveira foi admitido no Tribunal dos Contos do Reino, provavelmente pelos serviços prestados pelo seu pai à instituição. Em 1729, aos 27 anos, foi nomeado cavaleiro da Ordem de Cristo e, em 1730, casou-se com Ana Inês de Almeida. Ana Inês faleceu em 1734, deixando duas filhas falecidas na infância e um filho chamado José Anastácio.

Em 1734, Francisco Xavier de Oliveira foi nomeado para a embaixada de Portugal em Viena, sucedendo ao seu pai. Durante a sua missão diplomática, teve conflitos com o embaixador e desenvolveu uma estreita relação com os Príncipes da Valáquia. Em 1739, casou-se com Maria Euphrosine de Punchberg, que faleceu apenas nove meses depois.

Após um período de viagens, mudanças e mudanças de casamentos, Francisco Xavier de Oliveira fixou residência em Londres em 1740. Seus escritos, como “Carta ao Senhor Isaac de Sousa Brito” (1741) e “Mémoires de Portugal” (1741), ganharam atenção, mas a Inquisição em Portugal proibiu a sua distribuição em 1741 e 1742. “Opúsculos Contra o Santo Ofício” (1742), constituem alguns dos ataques mais veementes contra a Inquisição, responsabilizando-a pelo aparente atraso de Portugal. Em 1746, converteu-se oficialmente ao protestantismo.

Francisco Xavier de Oliveira enfrentou problemas financeiros e prisão por dívidas entre 1746 e 1748. Publicou obras como “Discours pathétique au sujet des calamités” (1756) após o terremoto de Lisboa de 1755.

Em 1761, foi condenado pela Inquisição e sentenciado à revelia, o que levou à queima de sua efígie em auto-de-fé. Continuou a criticar a Inquisição e as práticas católicas, publicando obras como “Reflexões de Félix Vieira Corvina dos Arcos” (1767) e um manuscrito inédito intitulado “Tratado do Princípio, Progresso, Duraçam, e Ruína do Reinado do Anti-Christo”. “

Francisco Xavier de Oliveira, ora é caracterizado como um homem do mundo e defensor da liberdade, ora sua sinceridade na adoção do protestantismo é questionada.

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