A doutrina do pecado original, na teologia cristã agostiniana, afirma que a transgressão de Adão e Eva no Éden deixou uma marca indelével herdada na humanidade. Todos herdam uma natureza pecaminosa, inclinada ao mal, e a culpa da desobediência original, sendo essa natureza transmitida por ato sexual (seminalismo de Agostinho) ou por consequência legal (Grócio).
O pecado original, presente desde o nascimento, corrompe a vontade humana e impede a busca natural pelo bem. A concupiscência, o desejo desordenado, é uma manifestação dessa natureza decaída. O pecado original separa a humanidade de Deus e torna necessária a graça divina para a salvação. Essa doutrina influenciou o batismo infantil e gerou debates sobre graça e livre-arbítrio. No entanto, críticas apontam para a inconsistência da culpa herdada com a responsabilidade individual.
