Páscoa

A Páscoa, ou Pesach (פֶּסַח) em hebraico, é uma das festas mais importantes do calendário judaico, comemorada anualmente para recordar a libertação dos israelitas da escravidão no Egito. A narrativa da Páscoa está registrada principalmente no livro de Êxodo (capítulos 12 e seguintes).

A palavra “Páscoa” deriva do verbo hebraico pasach, que significa “passar por cima” ou “poupar”. Refere-se ao fato de que o anjo da morte “passou por cima” das casas dos israelitas, cujas portas estavam marcadas com o sangue do cordeiro pascal, poupando seus primogênitos da morte.

A Páscoa é uma festa rica em simbolismo. O cordeiro pascal, sacrificado e consumido durante a ceia pascal (Seder), representa o cordeiro cujo sangue protegeu os israelitas da morte. Os pães ázimos (matsot), não fermentados, simbolizam a pressa com que os israelitas fugiram do Egito, sem tempo para que o pão levedasse. As ervas amargas (maror) lembram a amargura da escravidão.

A Páscoa não é apenas uma comemoração histórica, mas também um evento com profundo significado teológico. Ela aponta para a redenção e a libertação do povo de Deus, tanto física quanto espiritualmente. A Páscoa também prefigura a obra redentora de Jesus Cristo, que, como o Cordeiro de Deus, se ofereceu em sacrifício para a salvação da humanidade (1 Coríntios 5:7).

A celebração da Páscoa envolve uma série de rituais e tradições, incluindo a leitura do Hagadá, que narra a história da Páscoa, o consumo dos alimentos simbólicos e a partilha de histórias e ensinamentos sobre a liberdade e a fé.

No Novo Testamento, a Última Ceia de Jesus com seus discípulos é celebrada como uma refeição pascal (Mateus 26:17-30; Marcos 14:12-26; Lucas 22:7-23). A conexão entre a Páscoa judaica e o sacrifício de Jesus é central para a teologia cristã, que vê em Jesus o cumprimento da promessa de redenção simbolizada na Páscoa.

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