A pedra de ônix (שֹׁהַם, shoham, em hebraico; ὄνυξ, ónyx, em grego) é mencionada na Bíblia em diversos contextos, desde o Gênesis até o Apocalipse. Em Gênesis 2:12, é descrita como um dos produtos da terra de Havilá. Sua presença mais significativa, contudo, encontra-se nas vestes do sumo sacerdote de Israel. No peitoral (Êxodo 28:20; 39:13), o shoham era uma das doze pedras preciosas, cada uma representando uma das tribos. Duas pedras de shoham, gravadas com os nomes das tribos, eram também colocadas sobre as ombreiras do éfode (Êxodo 28:9-12; 39:6-7). A identificação precisa da pedra shoham permanece incerta, com estudiosos sugerindo, além do ônix, outras gemas como berilo, malaquita ou turquesa. A tradução para ὄνυξ na Septuaginta e na Vulgata (onde aparece como lapis onychinus) influenciou a tradição ocidental. A dificuldade na identificação precisa reside, em parte, na variação da terminologia antiga para pedras preciosas e na falta de descrições mineralógicas detalhadas nos textos bíblicos. Em Ezequiel 28:13, o shoham é listado entre as pedras preciosas que adornavam o rei de Tiro, simbolizando sua riqueza e esplendor. No Apocalipse (21:20), o ônix (ὄνυξ) figura como um dos fundamentos da Nova Jerusalém. Independentemente de sua exata composição mineralógica, o shoham bíblico representava beleza, valor e, especialmente no contexto sacerdotal, a união e a representação do povo de Israel perante Deus.
