A palavra “turquesa”, embora designe um mineral específico conhecido por sua cor azul-esverdeada, não aparece explicitamente nas versões hebraicas ou gregas originais da Bíblia, nem nas traduções mais antigas, como a Septuaginta ou a Vulgata. A presença da turquesa em contextos bíblicos depende da interpretação e tradução de termos hebraicos que designam pedras preciosas cuja identificação exata é incerta. Algumas traduções modernas, em Êxodo 28:18 e 39:11, usam “turquesa” para traduzir a palavra hebraica נֹפֶךְ (nofekh), que tradicionalmente é mais associada a pedras vermelhas, como granada ou rubi (como visto na discussão sobre “carbúnculo”). A Septuaginta traduz nofekh como ἄνθραξ (anthrax, “carvão”). Outras traduções, no mesmo contexto do peitoral do sumo sacerdote, optam por termos como “esmeralda”, tornando a identificação ainda mais ambígua. A associação com a turquesa é, portanto, uma interpretação moderna e minoritária, baseada em possíveis conexões arqueológicas e comerciais entre o antigo Israel e regiões produtoras de turquesa, como o Sinai. Contudo, não há evidência textual direta, seja no hebraico bíblico, no grego da Septuaginta ou em outras fontes antigas, que sustente de forma inequívoca a presença da turquesa como uma das pedras do peitoral ou em outras passagens bíblicas. A maioria dos estudiosos e traduções tradicionais favorece outras gemas para nofekh.
