Francesco Toppi

Francesco Toppi (1928-2014) foi um ministro, escritor e presidente da Assemblee di Dio in Italia (Assembléias de Deus na Itália), além de deixar contribuições para historiografia do movimento pentecostal italiano.

Francesco Toppi nasceu em Roma, filho de Gioacchino e Gina Gorietti. Criado numa casa modesta perto do Coliseu, seu pai já tinha aceitado o Evangelho, enquanto sua mãe, na ocasião, não havia experimentado a conversão evangélica. Seguindo a fé de sua mãe, Francesco foi batizado na tradição católica romana na vizinha igreja de Sant’Alfonso.

Em 1935, começou a era de perseguição fascista devido à circular “Buffarini-Guidi”, que visava as minorias religiosas. Em 6 de junho de 1943, o jovem Francesco sofreu a prisão de seus pais, avó e outros crentes durante uma batida policial em seu reunião de oração clandestina. Eles passaram vinte e três dias sob custódia.

Já adolescente, um dia Toppi se ajoelhou em sua casa vazia. Com medo e sozinho,  orou pela salvação. Sua conversão, em 16 de dezembro de 1945, marcou o início de sua jornada de fé.

Depois de concluir o ensino médio e obter um diploma em contabilidade, Francesco Toppi optou por continuar seus estudos no Instituto Internacional de Treinamento Bíblico (IBTI), na Inglaterra. O IBTI, localizado em Leamington Spa. Francesco iniciou seus estudos em 1947 e os completou em 1949. Durante esse período, foi batizado no Espírito Santo e recebeu uma profecia que seria usado em sua terra natal. Ainda obteria um diploma em pedagogia pela Universidade La Sapienza em Roma.

O retorno de Francesco Toppi à Itália em 1949 coincidiu com os primeiros esforços organizacionais da Assemblee di Dio na Itália (ADI). Foi inicialmente recebido com ceticismo devido à sua educação teológica formal. No entanto, foi inscrito como ministro em 21 de dezembro de 1949, tornando-se o primeiro ministro em tempo integral totalmente apoiado pela ADI.

Foi enviado para a Calábria para assistir a grupo de crentes. Mais tarde, ministrou na região de Valle Caudina, na província de Benevento. Em 1953, Toppi foi designado para substituir o casal Zizzo em Turim. Essa cidade passava um crescimento significativo devido à migração para o sul da Itália em busca de oportunidades de trabalho, especialmente na indústria automotiva. Entre esses migrantes havia muitos crentes ou recém-convertidos.

Em Torino conheceu Anna Maria Ferretti, uma musicista com quem se casou em 14 de junho de 1959. Tiveram a filha Lucila.

Em 1958 e 1960, Francesco Toppi embarcou em extensas visitas aos Estados Unidos para arrecadar fundos para a construção do edifício do Instituto Bíblico Internacional (IBI). Estas viagens envolveram visitas a 122 igrejas nos Estados Unidos. Firmou as relações de colaboração com Assemblies of God americanas e a Fundação Italiana de Educação Cristã (ICF).

Em 1958, Toppi, ao lado de Roberto Bracco e Umberto N. Gorietti, participou da Conferência Pentecostal Mundial em Toronto. Em seguida, integrou o Comitê Consultivo para a preparação da VI Conferência Pentecostal Mundial marcada para Jerusalém em 1961.

A partir de 1954, Francesco Toppi estabeleceu-se em Roma. Atuou no Instituto Bíblico Italiano (IBI) além de atender a igreja da Via dei Bruzi, que mais tarde se tornou a sede nacional da ADI. Serviu como ministro titular dessa igreja de 1960 até 2007, quando renunciou por questões de saúde e mudou-se para uma cidadezinha aos arredores de Roma. Entre 1977 e 2007 foi presidente da ADI e nessa capacidade assinou em 1986 junto com o presidente da república italiana Bettino Craxi, o acordo (intesa) depois aprovado pelo Parlamento italiano na Lei 22 de novembro 1988, n. 517, reconhecendo a ADI como um ente morale religioso.

Escreveu vários livros de história do movimento pentecostal italiano, sobretudo biografias dos pioneiros. Também faria obras de caráter doutrinário, além de influenciar na redação e interpretação dos pontos de doutrina adotado pela ADI.

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