Jade

Assim como a turquesa, a palavra “jade” não aparece nos textos originais hebraicos ou gregos da Bíblia, nem em traduções clássicas como a Septuaginta e a Vulgata. Não há um termo hebraico ou grego bíblico que corresponda diretamente ao que hoje conhecemos como jade, seja a jadeíta ou a nefrita. A presença de “jade” em algumas traduções modernas da Bíblia é resultado de interpretações e tentativas de identificar pedras preciosas mencionadas nos textos originais com minerais conhecidos atualmente.

Essas identificações são, muitas vezes, especulativas e carecem de consenso entre os estudiosos. Nenhum dos termos hebraicos usualmente traduzidos como jaspe, ônix, sardônio, etc., é considerado equivalente ao jade. Portanto, a associação do jade com a Bíblia é um anacronismo, resultante da aplicação de terminologia mineralógica moderna a textos antigos que utilizavam uma nomenclatura e classificação de pedras preciosas diferente da nossa. Não há evidências textuais ou arqueológicas sólidas que sustentem a presença ou o uso significativo de jade no antigo Israel ou no mundo bíblico em geral.