O topázio (פִּטְדָה, pitdah, em hebraico; τοπάζιον, topázion, em grego) é uma pedra preciosa mencionada na Bíblia em ambos os Testamentos.
Em Êxodo 28:17 e 39:10, o pitdah é a segunda pedra da primeira fileira do peitoral do sumo sacerdote, representando uma das doze tribos de Israel. Ezequiel 28:13 também lista o pitdah entre as pedras preciosas que adornavam o rei de Tiro, um símbolo de sua opulência. Jó 28:19 menciona o “topázio da Etiópia” (pitdah-kush) como algo de valor incomparável à sabedoria. A Septuaginta traduz consistentemente pitdah como τοπάζιον (topázion).
No Novo Testamento, em Apocalipse 21:20, o τοπάζιον (topázion) é o nono fundamento da Nova Jerusalém, simbolizando a glória e a beleza da cidade celestial.
A identificação exata do pitdah bíblico com o topázio moderno, um mineral cristalino de fluossilicato de alumínio, é incerta. O topázio moderno destaca-se por sua dureza e transparência, superando até mesmo o quartzo. Alguns estudiosos sugerem que o termo antigo poderia se referir a outras pedras amarelas ou esverdeadas, como o crisólito (peridoto). A associação com a Etiópia (Cuxe) em Jó pode indicar uma origem geográfica específica, possivelmente a ilha de Zabargad (antiga Topazios ou Topázion) no Mar Vermelho, conhecida por suas jazidas de peridoto. Independentemente da identificação mineralógica precisa, o topázio bíblico, seja pitdah ou topázion, representava beleza, raridade e valor, sendo digno de adornar o sumo sacerdote, reis e a cidade de Deus.
Na Bíblia, o topázio é mencionado como uma das pedras preciosas que adornavam o peitoral do sumo sacerdote Aarão, representando a tribo de Simeão (Êx 39:10). É também listado entre as pedras fundamentais da Nova Jerusalém descrita em Apocalipse 21:20. Em Jó 28:19, o topázio da Etiópia é citado como símbolo de grande valor, inferior apenas à sabedoria.
