Stephen Langton, arcebispo de Cantuária (falecido em 9 de julho de 1228), notório por seu impacto na elaboração da Magna Carta e de sua proposta de divisão da Bíblia em capítulos.
Langton foi uma figura central na crise da Magna Carta. Sua nomeação para o cargo em 1207, por indicação do Papa Inocêncio III, desencadeou um conflito com o rei João, que se recusava a reconhecê-lo. A Inglaterra foi colocada sob interdito, e o rei, finalmente, cedeu em 1213.
Langton apoiou a oposição baronial contra o rei e aconselhou a utilização do juramento de coroação e da carta de Henrique I como base para suas reivindicações. Em Runnymede, em 1215, atuou como um dos comissários do rei, influenciando cláusulas da Magna Carta que confirmavam as liberdades eclesiásticas.
Mais tarde, Langton apoiou Henrique III e a reemissão da Magna Carta em 1225. Promulgou as constituições eclesiásticas em 1222.
Tinha uma erudição notável. Revisando as divisões em kephaleia e titloi dos manuscritos bíblicos da era carolíngia, propôs uma divisão da Bíblia em capítulos, a qual ganharia aceitação ampla com a imprensa.
BIBLIOGRAFIA
Bataillon, Louis-Jacques, et al., eds. Étienne Langton, prédicateur, bibliste, théologien: Études réunies. Brepols Publishers, 2010.
Clark, Mark J. “Peter Lombard, Stephen Langton, and the School of Paris: The Making of the Twelfth-Century Scholastic Biblical Tradition.” Traditio, vol. 72, 2017, pp. 171-274. JSTOR, http://www.jstor.org/stable/26421461.
