Nefuseus

Os nefuseus eram membros de uma família que tinha Asná como seu ancestral epônimo. Alguns descendentes dessa família retornaram do exílio na Babilônia em 537 a.C., acompanhando Zorobabel no primeiro grupo de exilados que retornou a Judá após o edito de Ciro, rei da Pérsia.

A menção dos nefuseus ocorre nas listas de famílias que retornaram do exílio, encontradas nos livros de Esdras 2:50 e Neemias 7:52. Essas listas detalham os grupos familiares e os números de pessoas que voltaram para reconstruir Jerusalém e restabelecer a comunidade judaica na sua terra. A inclusão dos nefuseus nessas listas sublinha sua participação no esforço de restauração pós-exílio.

A família de Asná, da qual os nefuseus eram parte, é listada entre os netinins (servos do templo), indicando uma possível função ou serviço que seus antepassados desempenhavam no Templo antes da destruição e do exílio.

Gersonitas

Os gersonitas eram os descendentes de Gérson, o primogênito de Levi (Gênesis 46:11; Êxodo 6:16; Números 3:17; 1 Crônicas 6:1). Gérson teve dois filhos, Libni e Simei, que deram origem às duas principais famílias gersonitas (Êxodo 6:17; Números 3:18; 1 Crônicas 6:16-17).

Dentro da estrutura tribal levítica, os gersonitas tinham responsabilidades específicas relacionadas ao cuidado e transporte de partes do Tabernáculo durante as peregrinações no deserto. Eles eram encarregados de carregar as cortinas do Tabernáculo, a tenda da congregação com sua cobertura, o véu da entrada do Tabernáculo, as cortinas do pátio, o véu da entrada do pátio e suas cordas (Números 3:25-26; 4:24-26). O trabalho dos gersonitas era supervisionado por Itamar, filho do sacerdote Arão (Números 4:28).

Durante a divisão da terra prometida, os gersonitas receberam cidades para habitar em Basã e na Galileia, com algumas delas sendo cidades de refúgio (Josué 21:27-33; 1 Crônicas 6:71-76). Nos tempos de Davi, alguns gersonitas foram designados para funções no serviço do Templo, incluindo a supervisão dos tesouros (1 Crônicas 23:7-11; 26:20-22).

Coreítas

Os coreítas eram os descendentes de Coré, que, conforme a genealogia apresentada, era filho de Eliasafe e neto do levita Corá (não o Corá que liderou a rebelião em Números 16, mas outro indivíduo com o mesmo nome). Essa distinção genealógica é importante para evitar confusões, pois havia diferentes indivíduos chamados Corá na história bíblica.

Os coreítas mencionados neste contexto específico parecem estar associados a um período posterior na história de Israel, particularmente durante o reinado de Davi. Eles são mencionados entre os porteiros do Templo, encarregados da guarda das entradas e dos tesouros (1 Crônicas 26:1-19). Especificamente, Simei, filho de Jaate, da linhagem de Gérson (outro filho de Levi), teve filhos que se tornaram chefes das casas de seus pais, e eles foram contados com seus irmãos como porteiros. Entre eles estavam Selumiel e outros, que eram coreítas (1 Crônicas 26:14).

A função dos porteiros era essencial para a ordem e a segurança do Templo, garantindo que apenas aqueles com permissão entrassem e protegendo os bens sagrados. A designação dos coreítas para essas responsabilidades demonstra a continuidade do serviço levítico e a organização do trabalho no Templo sob a liderança de Davi.

Coraítas

Os coraítas eram os membros da família descendente de Corá, que era filho de Izar, um dos filhos de Coate e, portanto, um levita (Êxodo 6:18, 21; Números 16:1; 1 Crônicas 6:22). Corá é mais conhecido por liderar uma significativa rebelião contra a autoridade de Moisés e Arão no deserto, um evento narrado em detalhes no livro de Números, capítulo 16. Nessa rebelião, Corá e outros líderes das tribos de Rúben e Gade questionaram o sacerdócio exclusivo de Arão e a liderança de Moisés, resultando em um julgamento divino severo.

No entanto, a linhagem de Corá não foi completamente extinta. A Bíblia registra que os filhos de Corá não morreram na punição infligida a seu pai (Números 26:10-11). Posteriormente, os coraítas desempenharam funções importantes no serviço do Tabernáculo e, mais tarde, do Templo em Jerusalém. Eles eram conhecidos por suas habilidades musicais e eram designados como porteiros e cantores (1 Crônicas 6:31-38; 9:19; 2 Crônicas 20:19).

Diversos Salmos são atribuídos aos “filhos de Corá” (por exemplo, Salmos 42, 44-49, 84, 85, 87, 88), indicando uma tradição poética e litúrgica dentro dessa família levítica. Esses Salmos frequentemente expressam temas de anseio por Deus, confiança em meio à dificuldade e a glória do santuário. A sobrevivência e a subsequente proeminência dos coraítas demonstram a complexidade das narrativas bíblicas sobre pecado, julgamento e a continuidade da graça divina através das gerações.

Izaritas

Os izaritas eram os descendentes de Izar, o segundo filho de Coate e, portanto, neto de Levi (Êxodo 6:18; Números 3:19; 1 Crônicas 6:2, 18). Izar teve três filhos: Corá, Nefegue e Zicri (Êxodo 6:21).

A família mais notória descendente de Izar foi a de Corá, que liderou uma rebelião significativa contra a autoridade de Moisés e Arão no deserto (Números 16). Essa rebelião, que questionava o sacerdócio exclusivo de Arão e a liderança de Moisés, resultou em um julgamento divino severo contra Corá e seus seguidores imediatos.

No entanto, é importante notar que a linhagem de Corá não foi completamente extinta. Os filhos de Corá não morreram na punição infligida a seu pai (Números 26:10-11). Posteriormente, os descendentes de Corá (os coraítas) desempenharam funções importantes no serviço do Tabernáculo e, mais tarde, do Templo, como porteiros e cantores, e alguns Salmos são atribuídos a eles.