Na teologia ortodoxa grega, a distinção essência-energias, formulada pelo teólogo bizantino Greório Palamas (1296-1359), discerne um delineamento claro entre a essência (ousia) e as energias (energeia) de Deus.
Essa distinção surgiu como uma resposta aos debates teológicos em torno do hesicasmo e das acusações de heresia de Barlaão da Calábria.
Em termos simplificados, a essência significa a natureza incompreensível de Deus, análoga à essência do Sol, enquanto as energias pertencem às ações manifestas de Deus, semelhantes ao brilho do Sol. Na teologia ortodoxa, essa distinçaõ possibilita uma experiência da presença de Deus sem alterar Sua essência ou a identidade do indivíduo.
A ortodoxia grega e oriental abraça esta distinção como genuína. No entanto, muitos no cristianismo ocidental costumam rotulá-lo como divisiva, além de suspeitarem de um efetivo politeísmo.
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