Os gibeonitas eram o povo que habitava quatro cidades cananeias em região que depois seria distribuída à tribo de Benjamim: Quefira, Beerote, Gibeão e Quiriate-Jearim. Nessas últimas duas, houve locais de culto (1 Sam 7:1; 1 Reis 3:4). Adotaram uma estratégia incomum para sobreviver à conquista israelita liderada por Josué.
Ao contrário de outras cidades cananeias que se uniram para resistir a Israel, os gibeonitas, cientes das vitórias israelitas, decidiram usar um estratagema. Eles enviaram uma delegação a Josué vestida com roupas gastas e carregando provisões mofadas, fingindo ter vindo de uma terra distante. Enganado por sua aparência, Josué e os líderes de Israel fizeram um pacto de paz com eles, jurando preservar suas vidas (Josué 9:3-15).
Quando a verdade sobre a proximidade de Gibeão e suas cidades aliadas foi descoberta, os israelitas mantiveram seu juramento. Contudo, os gibeonitas foram destinados a servir como lenhadores e carregadores de água para a congregação e para o altar do Senhor (Josué 9:16-27). Essa servidão, embora imposta, permitiu que eles sobrevivessem.
Posteriormente, durante o reinado de Saul, houve uma tentativa de exterminar os gibeonitas, o que levou a uma retaliação divina e a uma expiação ordenada por Davi (2 Samuel 21:1-14). Os gibeonitas também são mencionados em outros contextos históricos, como na época da construção dos muros de Jerusalém sob Neemias, onde alguns deles participaram dos trabalhos (Neemias 3:7).
