A prata (כֶּסֶף, kesef, em hebraico; ἀργύριον, argýrion, ou ἄργυρος, árgyros, em grego) é um metal precioso frequentemente mencionado na Bíblia, desde o Gênesis até o Apocalipse, com diversos significados e usos.
No Antigo Testamento, kesef é usado tanto para se referir ao metal em si quanto como termo genérico para dinheiro. Abraão, por exemplo, é descrito como rico em gado, prata (kesef) e ouro (Gênesis 13:2). A prata era usada como meio de troca (Gênesis 23:16), para a fabricação de utensílios e ornamentos (Êxodo 25:3; Provérbios 25:11), e como tributo (2 Reis 18:14). O valor da prata era inferior ao do ouro, mas ainda assim considerável. A lei mosaica estabelecia regulamentos sobre o uso da prata em transações e ofertas religiosas (Levítico 27; Números 7).
No Novo Testamento, argýrion e árgyros também são usados para designar prata e dinheiro. Judas Iscariotes traiu Jesus por trinta moedas de prata (ἀργύρια, argýria; Mateus 26:15). Em Atos 3:6, Pedro declara não ter prata (argýrion) nem ouro, mas oferece cura em nome de Jesus. A prata é frequentemente usada metaforicamente na Bíblia. A palavra de Deus é comparada à prata refinada (Salmo 12:6; Provérbios 10:20). Em Atos 17:29, Paulo argumenta que a divindade não pode ser representada por ouro, prata (árgyros) ou pedra.
