Texto Patriarcal (PT)

O Texto Patriarcal (PT) de 1904, originalmente publicado como O Novo Testamento, aprovado pela Grande Igreja de Cristo (em grego Ἡ Καινὴ Διαθήκη ἐγκρίσει τῆς Μεγάλης τοῦ Χριστοῦ Ἐκκ λησίας), é uma edição do Novo Testamento publicada pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla da Igreja Ortodoxa em 1904, dentro da Família textual Bizantina.

No final do século XIX, o Patriarcado Ecumênico propôs a edição de um texto do Novo Testamento padronizado e autorizado para substituir as múltiplas e diferentes edições feitas durante o período turco. O Patriarcado nomeou uma comissão em 1899 que incluiu o Metropolita Michael Kleovoulos, o Metropolita Apostolos Christodoulou e o Professor Vasileios Antoniades para produzir um texto-padrão.

A comissão estudou 20 manuscritos bizantinos, com foco particular nos do Monte Atos, Constantinopla, Atenas e Jerusalém. Após cuidadosa consideração das variantes de leitura e nuances textuais, a comissão adotou um único manuscrito como base para o Texto Patriarcal. Este texto é estreitamente alinhado com as tradições do Texto Majoritário (TM) e o Texto Bizantino (TB). Incorpora elementos de 116 manuscritos utilizados nos lecionários da Igreja Ortodoxa. Esses textos-fonte são dos séculos IX ao XVI, com a maioria datando dos séculos X ao XIV.

Desde a sua publicação, o Texto Patriarcal ganhou ampla aceitação e uso nas Igrejas Ortodoxas de língua grega, incluindo aquelas em Constantinopla, Alexandria, Jerusalém, Grécia, Chipre e Creta, bem como na diáspora grega. Embora não seja o texto grego exclusivo do Novo Testamento autorizado pela Igreja Ortodoxa Oriental, mantém uma posição como um uso confiável e autorizado para liturgia e doutrina.

Após a sua publicação inicial, edições revisadas do Texto Patriarcal foram publicadas em 1907 e 1912, esta última supervisionada pelo Professor Vasileios Antoniades. Estas edições, publicadas por instituições como a Apostoliki Diakonia, a editora oficial da Igreja Ortodoxa a Grécia.

Texto Majoritário Pierpont e Robinson

Texto Majoritário de Pierpont e Robinson são duas edições (1991, 2005) do Novo Testamento grego resultante de leituras mais frequentes encontradas nos manuscritos.

O método trata-se de uma construção estatística que não corresponde exatamente a nenhum manuscrito real. O texto majoritário resulta da comparação de todos os manuscritos conhecidos e derivando deles as leituras que sejam mais numerosas do que quaisquer outras.

Pierpont e Robinson derivaram seu texto a partir das leituras que von Soden classificou como bizantinas, da família do texto K. É semelhante ao texto de Hodges & Farstad, mas Pierpont e Robinson não incluíram um aparato de variantes. Argumentaram que os manuscritos Bizantinos posteriores estavam mais próximos do original do que os manuscritos Alexandrinos anteriores.

BIBLIOGRAFIA

Pierpont and Robinson, 2005. Maurice A. Robinson and William G. Pierpont, The New Testament in the Original Greek: Byzantine Textform. Southborough, Massachusetts: Chilton Book Publishing, 2005.