O Codex Alexandrinus, listado como A na notação Gregory-Aland, é um dos mais antigos manuscritos unciais gregos da Bíblia, encadernado no formato de códice. Junto com o Codex Vaticanus (B) e o Codex Sinaiticus (ℵ), é um dos principais textos fontes para a reconstituição do Novo Testamento e da Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), sendo contado entre os grandes códices.
O Codex Alexandrinus foi encontrado em Alexandria, no Egito, de onde deriva seu nome. Em 1621, o patriarca Cirilo Lucar de Alexandria levou o manuscrito para Constantinopla e, posteriormente, presenteou-o ao rei inglês Carlos I em 1627. Hoje, o Codex Alexandrinus está preservado no Museu Britânico, em Londres.
O Codex Alexandrinus foi o primeiro dos grandes manuscritos a se tornar acessível aos estudiosos. Richard Bentley fez uma colação em 1675 e uma publicação em fac-símile do Novo Testamento foi produzida por Carl Gottfried Woide em 1786.
Este códice é composto por 773 folhas de pergaminho, e originalmente continha todo o Antigo e Novo Testamento. Atualmente, o manuscrito possui lacunas, especialmente no Novo Testamento, onde estão faltando partes do Evangelho de Mateus, João 6:50–8:52 e partes das cartas de Paulo. Além disso, o texto inclui outros escritos não canônicos, como a Primeira Epístola de Clemente e uma homilia chamada Segunda Epístola de Clemente.
O Codex Alexandrinus data do século V e, assim como o Codex Vaticanus, apresenta um estilo de escrita sem ornamentação, sugerindo uma produção similar em época. Alguns estudiosos especulam que ele possa ter sido uma das 50 cópias das Escrituras encomendadas pelo imperador Constantino, embora essa hipótese não seja confirmada.

Uma consideração sobre “Codex Alexandrinus”