
Nos anos 1950 houve um grande avivamento no Brasil, cujos traços foram há muito esquecidos.
Em São Paulo a Congregação Cristã no Brasil inaugurou sua sede, então a maior casa de oração evangélica do país.
As cruzadas de evangelização e cura divina alcançavam a população nos grandes centros. Uma infusão de dons ocorriam entre algumas igrejas tradicionais, especialmente em São Paulo. Iniciava-se também o uso de mídias de massa, sobretudo o rádio. E não eram só os pentecostais que cresciam: o mesmo ocorria entre metodista, batistas e presbiterianos.
Nessa década teve o primeiro presidente evangélico do Brasil, Café Filho. Mas a maior participação na esfera pública por um evangélico foi do político Guaracy Silveira em causa dos pobres, novos moradores nos grandes centros industriais.
Atividades para-eclesiásticas como a União Cristã de Estudantes do Brasil, a Confederação Evangélica Brasileira, a Associação Cristã dos Moços e a Sociedade Bíblica articulavam uma proclamação do evangelho em uma frente unida. A diminuição do denominacionalismo parecia estar próxima.
O historiador evangélico francês radicado no Brasil, Émile-G. Léonard, documentou e tornou público ao mundo o que ocorria no país.
O autor pentecostal, Emílio Conde, na foto diante da igreja, representava o que o movimento evangélico poderia ter sido: convertido na Congregação Cristã, desenvolveu seu ministério de músico, “diplomata” pentecostal, editor e jornalista nas Assembleias de Deus.
No entanto, os anos 1960 foram cruéis: ditadura, fim das organizações evangélicas, enquistamento denominacional, infiltração da política paranoica nas igrejas, esvaziamento da presença pública de pautas sociais por evangélicos.
É tempo de orar por um novo avivamento desses.
Uma consideração sobre “Avivamento dos anos 1950 no Brasil”