O grego bíblico ou grego koiné é uma forma de língua grega que foi usada na escrita do Novo Testamento, bem como em outros textos cristãos primitivos e a Septuaginta.
Trata-se de uma fase do grego falado no período helenístico, sendo atestado desde o século III.
O vocabulário usado no grego bíblico é semelhante ao usado em outras formas de grego, mas com algumas palavras e frases únicas. Muitas das palavras usadas no Novo Testamento são emprestadas do hebraico e do aramaico.
A sintaxe do grego bíblico possui muitas frases mais longas e complexas. Há um frequente uso de particípios e infinitivos para transmitir várias nuances de significado.
Tempos verbais: Uma das características mais distintivas do grego bíblico é seu complexo sistema de tempos verbais, que inclui os tempos aoristo, imperfeito, futuro e perfeito, bem como vários particípios e infinitivos.
Além da literatura sacra, os escritos do historiador Josefo, do filósofo Filo, a do historiador Políbio, do historiador Diodoro Sículo, do geógrafo Estrabão e do escritor Plutarco atestam o grego koiné. Também vários papiros e inscrições dão informações do uso não literário dessa linguagem.
No século XIX popularizou-se a hipótese aramaica com língua de Jesus. Essa hipótese — de que o aramaico era a língua cotidiana do ambiente do Novo Testamento, havia um efetivo monolinguismo e que o hebraico era já língua morta — hoje é obsoleta, com evidências literárias, históricas e arqueológicas apontando para um ambiente linguístico poliglota. Certamente, Jesus e seus discípulos usavam o koiné intercambiavelmente com o aramaico. Nazaré distava de poucos kilómetros de uma série de cidades helenísticas — Seforis, Caparnaum e Tiberíades. Notavelmente, o koiné do Novo Testamento é cheio de hebraísmos.