Os valdenses são um povo e denominação originários de um movimento popular na Idade Média que, perseguidos como heréticos, continuaram e abraçaram a Reforma.
O movimento tem origem quando um mercador em Lyon, Pedro Valdo (1140? – 1217?), passou por uma experiência de conversão em 1173. Pregando um retorno aos mandamentos dos evangelhos e uma pobreza voluntária, atraiu seguidores, sendo também chamados Pobres de Lyon. Proibidos de pregar e excomungados em 1181, os valdenses esparramaram-se pela Europa central e Itália, sobretudo nos Vales Valdenses.
Perseguidos pela Inquisição e com cruzadas, sobreviveram em regiões remotas e ocultando sua fé. Em uma reunião em Chanforan, nos Vales Valdenses, em 1532, uniram-se ao ramo Reformado do protestantismo.
Somente em 1848 ganharam liberdade e segurança para o culto. Nos anos seguintes, migraram em massa para o Uruguai, França e Estados Unidos. Nesse último país organizaram várias congregações, dentre ela a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago, formada principalmente por emigrados da comunidade de Favale di Malvaro, na Ligúria.
No século XX a Igreja Evangélica Valdense aproximou-se dos metodistas italianos formando a União Evangélica Valdo-Metodista na Itália. No Uruguai e Argentina formam a Igreja Evangélica Valdense do Rio da Prata.
Dada sua antiguidade, atribuíram aos valdeses lendas: de que remontam da época dos apóstolos, de que faz parte de uma cadeia de sucessão marginal de crentes, de que guardavam o sábado, de que esposavam doutrinas protestantes já na Idade Média, dentre outras refutadas pela própria historiografia valdense.