A Religionsgeschichtliche Schule ou Escola de História das Religiões foi uma tendência de estudos cristãos da Alemanha do século XIX e início do século XX que buscava entender o desenvolvimento do cristianismo dentro de seu contexto histórico e cultural.
Os estudiosos da Religionsgeschichtliche Schule buscavam nas crenças e práticas religiosas de outras culturas e religiões para lançar luz sobre as origens do cristianismo. Pressupunham que o cristianismo não se desenvolveu isoladamente, mas foi influenciado pelas crenças e práticas religiosas de outras culturas e religiões.
Os membros da Religionsgeschichtliche Schule foram influenciados pelo trabalho de filósofos e estudiosos como Friedrich Nietzsche, Franz Overbeck e Wilhelm Dilthey.
Uma das figuras-chave associadas à Religionsgeschichtliche Schule foi Albert Schweitzer, que argumentou que Jesus deveria ser entendido como uma figura histórica que viveu dentro de um contexto cultural e religioso particular.
A Religionsgeschichtliche Schule foi controversa em seu tempo. Recebeu críticas de ser reducionista ao considerar a religião a um fenômeno cultural puramente humano, dependente de outras variáveis culturais. Foi criticada por suas generalizações, presumindo uma semelhança universal entre todas as religiões e por não levar em conta a diversidade dentro e entre as diferentes tradições religiosas. Também supervalorizam o mito, em detrimento de outros aspectos, como ritual, ética e teologia. Apesar do nome, a Escola da História das Religiões negligenciava a especificidade histórica ao atomizar elementos da religião fora de seu contexto histórico e cultural para fins comparativos.