O nomismo pactual ou o nomismo da aliança (covenantal nomism) é um conceito desenvolvido pelo biblista E.P. Sanders para descrever a estrutura teológica do judaísmo do Segundo Templo. Em suma, Deus teria escolhido Israel e deu a Lei. Deus será fiel à sua promessa, mas a nação é obrigada a obedecê-lo. A Lei fornece os meios para a expiação que mantém o relacionamento pactual.
De acordo com Sanders, o nomismo da aliança, os judeus acreditavam que estavam em um relacionamento de aliança com Deus por meio de sua eleição como povo escolhido. A salvação era entendida como sendo mantida dentro dessa aliança por meio da obediência aos mandamentos de Deus, enquanto a graça divina perdoava os pecados cometidos sem intenção. Isso contrasta com as teorias alternativas acerca do judaísmo do Segundo Templo, como a de que se buscava justiça pelas obras legalistas, que enfatizam a necessidade de adesão estrita às leis para a salvação, ou o universalismo, que postula a salvação para todos, independentemente da afiliação à aliança. O nomismo da aliança destaca a integração da graça e obras dentro da compreensão judaica da salvação.
BIBLIOGRAFIA
Sanders, E. P. Judaism: Practice and Belief 63 BCE–66 CE. London: SCM, 1992.
Sanders, E. P. Paul and Palestinian Judaism: A Comparison of Patterns of Religion.
Philadelphia: Fortress Press, 1977
