Apocalipse Grego de Baruque

O Apocalipse Grego de Baruque, também conhecido como 3 Baruque, é um texto visionário e pseudepigráfico que se acredita ter sido escrito entre a queda de Jerusalém para o Império Romano em 70 dC e o século III dC.

A origem pode ser judia ou cristã. Como um dos pseudepígrafos, é atribuído a Baruque filho de Nerias, o escriba de Jeremias do século VI aC, mas não está incluído no cânon bíblico dos judeus ou cristãos. O texto é preservado em certos manuscritos gregos e eslavos eclesiásticos e não se confunde com o Apocalipse Siríaco de Baruque, o chamado 2 Baruque.

O Apocalipse grego de Baruque narra a condição de Jerusalém após seu saque por Nabucodonosor em 587 aC e aborda como o judaísmo pode perdurar na ausência do templo. A discussão é apresentada como uma visão mística concedida a Baruque.

Semelhante a 2 Baruque, afirma que o Templo está preservado no céu, totalmente funcional e frequentado por anjos. Nega assim, a necessidade de sua reconstrução terrena.

Investiga a questão de por que Deus permite que pessoas boas sofram, oferecendo uma visão por meio de uma visão da vida após a morte, onde pecadores e justos recebem suas justas recompensas.

Durante a experiência visionária, Baruque vê vários céus, testemunhando a punição dos envolvidos na construção da “torre da contenda contra Deus” (possivelmente a Torre de Babel). Ele encontra uma serpente chamada Hades bebendo do mar e outras visões extraordinárias. A jornada culmina no quinto céu, onde um portão trancado só pode ser aberto pelo arcanjo Miguel.

Os construtores da “torre da contenda” são descritos em termos um tanto demoníacos, possuindo rostos de gado, chifres de ovelhas e pés de cabras. Aqueles que comandaram a construção são condenados ao castigo eterno em um céu separado, onde reencarnam na forma de cães, ursos ou macacos. Baruque também testemunha uma majestosa fênix, retratada como um pássaro colossal protegendo a terra dos raios do sol.

Uma consideração sobre “Apocalipse Grego de Baruque”

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