Concubina (פִּילֶגֶשׁ, pilegesh; παλλακίς, pallakis), no contexto bíblico, refere-se a uma mulher que, embora não fosse esposa legal, mantinha um relacionamento reconhecido e estável com um homem. O concubinato (פִּילֶגֶשׁ, pilegesh), embora não conferisse à mulher o mesmo status social e legal da esposa, era uma prática aceita na sociedade israelita, regulamentada por leis e costumes específicos.
As concubinas tinham direitos e proteções legais, e seus filhos, embora não fossem herdeiros primários, eram reconhecidos e tinham direito à herança (Gn 25:6). Abraão (Gn 25:1), Jacó (Gn 35:22), Gideão (Jz 8:31) e Salomão (1Rs 11:3) são exemplos de personagens bíblicos que tiveram concubinas.
O concubinato desempenhava diversas funções sociais, como garantir descendência em casos de infertilidade da esposa, fortalecer alianças familiares e oferecer companhia e suporte doméstico. No entanto, o concubinato também podia ser fonte de conflitos e rivalidades, como ilustra a história de Agar e Sara (Gn 16).
A prática do concubinato foi gradualmente desaparecendo com o tempo, à medida que a sociedade israelita se desenvolvia e os valores monogâmicos se fortaleciam.
