Adultério

Adultério em seu sentido mais simples seria violar o compromisso matrimonial envolvendo-se com outra pessoa. Em sentido amplo, envolve descumprir o pacto matrimonal estabelecido pelo casal ou pela forma sancionada pela sociedade local.

O adultério é proibido nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:12), que diz: “Não cometerás adultério”. Em Gênesis 20:9 o adultério é chamado de “o grande pecado”.

Em boa parte das sociedades do Antigo Oriente Próximo e no judaísmo rabínico é tradicionalmente interpretado adultério como relacionamento sexual entre um homem e uma mulher casada. No entanto, no Novo Testamento há uma interpretação expansiva para o adultério, tanto para os homens quanto para as mulheres, quando Jesus condena os homens por cobiçar outra mulher (Mt 5:32, 19:9).

BIBLIOGRAFIA

Epstein, Louis M. “Sex laws and customs in Judaism.” (1948).

Westbrook, Raymond. “The enforcement of morals in Mesopotamian law.” Journal of the American Oriental Society (1984): 753-756.

Abba

Abba ou Aba, em grafia hebraica אַבָּא, é forma para “pai” em aramaico.

Aparece nas porções aramaicas de Dn 5:2, 11, 13, 18. No NT aparece na expressão bilígue aramaica e grega “Aba, Pai” quando Jesus no Getsêmani se dirige a Deus-Pai (Mc 14:36) e em Rm 8:15 e em Gl 4:6.

É errônea a interpretação de que seria uma forma carinhosa e familiar (como “papai”). (Barr, 1988; Chilton, 1993).

BIBLIOGRAFIA

Barr, James. “Abba Isn’t Daddy.” Journal of Theological Studies 39 (1988): 28–47.

Chilton, Bruce. “God as ‘Father’ in the Targumim, in Non-Canonical Literatures of Early Judaism and Primitive Christianity, and in Matthew.” Pages 151–69 in Pseudepigrapha and Early Biblical Interpretation. Journal for the Study of the Pseudepigrapha Supplement Series 14. Studies in Scripture in Early Judaism and Christianity 2. Edited by James Charlesworth and Craig Evans. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1993.