Beltessazar

Beltessazar (em grego: Βαλτασάρ; em hebraico: בֵּלְטְשַׁאצַּר), nome babilônico dado a Daniel, profeta do Antigo Testamento, evoca duas figuras distintas, embora interligadas.

O primeiro Beltessazar é Daniel, um jovem judeu exilado na Babilônia (Livro de Daniel, capítulos 1-6). Sua inteligência e fidelidade a Deus o levaram a posições de destaque na corte babilônica, onde interpretou sonhos e visões, demonstrando sabedoria divina. O nome Beltessazar, que significa “Bel protege o rei”, reflete a tentativa de integrá-lo à cultura babilônica, mas Daniel manteve sua identidade e fé.

O segundo Beltessazar é mencionado no Livro de Daniel (capítulo 5) como o último rei da Babilônia. Ele é descrito como um monarca que profanou os vasos sagrados do Templo de Jerusalém durante um banquete, desrespeitando a santidade do culto judaico. Esse ato de sacrilégio foi seguido por uma mensagem divina escrita na parede, que Daniel interpretou como um prenúncio da queda de Babilônia.

A relação entre os dois Beltessazares é objeto de debate entre os estudiosos. Alguns sugerem que o rei Beltessazar poderia ser um descendente ou um sucessor do rei Nabucodonosor, que havia dado a Daniel o nome de Beltessazar. Outros propõem que o nome do rei poderia ser uma referência velada a Daniel, indicando que o rei era um admirador ou um seguidor do profeta.

Independentemente da conexão exata, os dois Beltessazares compartilham um nome que os liga à história de Daniel e à queda de Babilônia. Enquanto Daniel, o profeta, representa a fidelidade a Deus em meio à cultura pagã, o rei Beltessazar personifica a arrogância e a impiedade que levaram à destruição do império babilônico.

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