Agagita

Agagita, designação dada a Hamã e seu pai, Hamedata, no livro de Ester (Et 3:1, 10; 8:3, 5; 9:24), que os identifica como descendentes de Agague, rei dos amalequitas (Nm 24:7; 1Sm 15:8-33). Na narrativa, essa linhagem os colocaria como inimigos de longa data dos israelitas, devida a ordem de exterminação dos amalequitas (Dt 25:17-19) por sua oposição a Israel no passado (Êx 17:8-16).

William J. Abraham

William J. Abraham (1947–2021) foi um teólogo norte-irlandês, filósofo analítico e pastor metodista.

braham atuou nas áreas de filosofia da religião, epistemologia religiosa, renovação e evangelismo eclesial. Grande parte de sua trajetória acadêmica foi nos Estados Unidos, onde ocupou a cátedra Albert Cook Outler de Estudos Wesleyanos na Perkins School of Theology, da Southern Methodist University, de 1995 até sua aposentadoria em 2021. Também lecionou na Seattle Pacific University e foi professor visitante na Harvard Divinity School. Seu trabalho acadêmico abrangia teologia sistemática, teologia política e missiologia.

Ele publicou mais de vinte livros e escreveu mais de cem artigos e resenhas. Entre suas obras notáveis está Canon and Criterion in Christian Theology: From the Fathers to Feminism, reconhecida por sua relevância nos estudos teológicos. Abraham foi associado ao Movimento Confessional dentro da Igreja Metodista Unida e foi um defensor do teísmo canônico, uma abordagem que buscava renovar igrejas protestantes tradicionais a partir dos cânones da igreja ecumênica antiga.

Ele defendia a integração do rigor acadêmico com a prática ministerial, considerando que a formação teológica deveria promover também o desenvolvimento espiritual de futuros ministros. Sua atuação na igreja incluiu a criação de programas voltados para o mentoreamento de pastores, como a Comunidade Policarpo na Southern Methodist University. Ele via o evangelismo como algo inseparável de uma base teológica sólida.

Recebeu diversas honrarias ao longo de sua carreira, incluindo o prêmio Altshuler de Professor Distinto na SMU, pelo destaque no ensino.

Asperção

Aspergir, ato de borrifar ou salpicar um líquido, usualmente água ou sangue, possui significado ritual e simbólico profundo na Bíblia. A asperção, nome dado a esse ato, representa purificação, consagração e aliança com Deus. Presente em ritos de purificação até sacrifícios e celebrações, a asperção materializa a ação divina na vida do povo e no culto.

No Antigo Testamento, a asperção de sangue era parte essencial dos sacrifícios, simbolizando a expiação dos pecados e a reconciliação com Deus. O sangue, considerado fonte de vida, era aspergido sobre o altar, os objetos do santuário e o próprio povo, significando a purificação e a consagração. A asperção com água também era utilizada em ritos de purificação, como no caso da lepra e da imundícia ritual.

A asperção também marca a celebração da Páscoa, quando o sangue do cordeiro pascal era aspergido nos umbrais das portas como sinal de proteção contra o anjo da morte. Essa ação evoca a aliança entre Deus e o povo de Israel, selada pelo sangue e pela promessa de libertação.

No Novo Testamento, a asperção assume novo significado à luz do sacrifício de Cristo. Hebreus 9:13-14 afirma que o sangue de Cristo purifica a consciência de obras mortas, proporcionando acesso a Deus. A asperção do sangue de Jesus, representada pelo seu sacrifício na cruz, sela a nova aliança e oferece redenção e vida eterna.