Incenso

Incenso, uma mistura de substâncias aromáticas queimadas para produzir uma fumaça perfumada, desempenhou um papel significativo em rituais religiosos e práticas culturais ao longo da história, incluindo no antigo Israel. A palavra hebraica para incenso, קְטֹרֶת (qetoret), e a palavra grega θυμίαμα (thymíama) carregam a ideia de fumaça perfumada ou perfume.

No Antigo Testamento, o incenso era usado no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo de Jerusalém como parte dos rituais de adoração. O incenso era queimado em um altar específico, o Altar de Incenso (Êxodo 30:1-10), e sua fumaça era considerada uma oferta a Deus, simbolizando orações e súplicas que ascendiam aos céus (Salmos 141:2). A preparação e o uso do incenso eram regulamentados com precisão, enfatizando sua importância e santidade.

O incenso também era usado em outras ocasiões, como em festas e celebrações, e em contextos domésticos para purificação e aromatização. No entanto, o uso mais significativo do incenso era nos rituais religiosos, onde sua fumaça perfumada criava uma atmosfera de reverência e adoração.

No Novo Testamento, o incenso é mencionado no livro de Apocalipse, onde simboliza as orações dos santos que sobem a Deus (Apocalipse 8:3-4). Essa imagem reforça a associação do incenso com a comunicação entre o céu e a terra.

Inteira Santificação

A Inteira Santificação, também conhecida como perfeição cristã ou santidade bíblica, é uma doutrina teológica central para o Metodismo e algumas denominações pentecostais. Desenvolvida por John Wesley, enfatiza a possibilidade de o crente, após a justificação, alcançar um estado de amor perfeito a Deus e ao próximo, sendo libertado da escravidão do pecado.

Diferente da justificação, que retifica a relação do crente como justo perante Deus, a Inteira Santificação é uma obra subsequente da conversão, realizada pelo Espírito Santo. Não implica ausência de falhas ou erros, mas sim a purificação das intenções e motivações, capacitando o crente a viver em santidade. Não significa que a pessoa não possa pecar, mas que não terá prazer no pecado.

A doutrina não é consensual entre os cristãos. Críticos questionam sua base bíblica e a possibilidade de sua realização plena nesta vida. Defensores, por outro lado, apontam para passagens bíblicas que falam sobre perfeição e santidade, argumentando que a Inteira Santificação é um processo contínuo de crescimento espiritual, alcançável pela graça divina.

BIBLIOGRAFIA
Fletcher, John. Checks to Antinomianism.

Palmer, Phoebe. The Promise of the Spirit.

Wesley, John. “A Plain Account of Christian Perfection.”

Imer

Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Adom e Imer são cidades mencionadas em Neemias 7:61 como o local de origem de um grupo de pessoas que retornaram a Jerusalém após o exílio babilônico. O texto bíblico não fornece detalhes sobre a localização exata dessas cidades, mas o fato de seus habitantes não poderem comprovar sua linhagem israelita sugere que se tratavam de cidades fora de Judá, possivelmente na Mesopotâmia ou em outras regiões do Império Persa.

É provável que essas pessoas fossem descendentes de grupos que haviam sido deportados para o exílio com os israelitas, ou que se juntaram a eles durante o cativeiro. Ao retornarem a Jerusalém, eles se integraram à comunidade judaica, mesmo sem ter uma clara identidade tribal.

Alguns estudiosos associam esses indivíduos aos netineus, um grupo de servidores do Templo que realizavam tarefas auxiliares no culto.