Amorreus (ou amoritas) designação genérica a povos semitas em várias línguas do Antigo Oriente Médio. Na Bíblia, aparecem como um dos habitantes de Canaã e Basã. Cf. Gn 15:16; Nm 21:26-32; Dt 18:9-14; Js 10:12.
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Cananeus
Cananeus eram os habitantes de Canaã antes do estabelecimento do povo de Israel. Etnicamente eram os mesmos povos da costa da Fenícia.
Os cananeus aparecem como descentes de Canaã, filho de Cam, um dos filhos de Noé (Gn 12).
Genericamente, o termo aplica-se ao diversos povos habitantes da região antes do israelitas:
- Gênesis 15:19-21 (10): queneus, heteus, amorreus, jebuseus, quenezeus, quenezeus, perizeus, cananeus, cadmoneus, refaim, girgaseus.
- Êxodo 3:17 (6): cananeus, pereseus, heteus, heveus, amorreus, jebuseus.
- Êxodo 23:28 (3): heveus, cananeus, heteus.
- Deuteronômio 7:1 (7): heteus, cananeus, jebuseus, girgaseus, perizeus, amorreus, heveus.
- Josué 24:11 (7): amorreus, heteus, jebuseus, perizeus, girgaseus, cananeus, heveus.
Sanchuniathon
Sanchuniathon, em grego antigo Σαγχουνιάθων ou Σαγχωνιάθων, ou Sanchoniatho de Beirute, foi um lendário autor fenício.
Suas três obras em língua fenícia sobrevivem apenas em fragmentos gregos de Filo de Biblos registrada pelo bispo cristão Eusébio. Esses poucos fragmentos compreendem a fonte literária mais extensa sobre a religião fenícia ou cananeia.
No final do século I d.C., o historiador Filo de Biblos diz ter usado a obra de Sanchuniathon como fonte, a qual predataria da Grécia troiana (século XII a.C.). Contudo, há suspeitas que se trata de uma obra pseudoepígrafa ou de uma fonte inventada.
Vale notar semelhanças na cosmogonia de Sanchuniathon e das cosmogonias de Ugarit.
Sidom
Sidom (em fenício e hebraico ṣdn, grego Σιδών, latim Sidon e árabe ṣaydā), cidade fenícia na costa libanesa. Uma das mais antigas cidades da região, é ainda um importante centro urbano.
Na Bíblia, sidônio é usado como sinônimo de fenício. A cidade coordenava a grande rede comercial fenícia, fazendo-a rica, apesar de Tiro tomar seu lugar hegemônico entre os séculos X a.C. e IV a.C.
Sidom devia sua prosperidade ao seu porto e à fabricação e comércio de mercadorias como vidro e corante púrpura. Sua frota participou das Guerras Persas. A rica cidade comercial também foi um importante centro cultural e científico.
O reino de Sidom, atestado a partir do século XIV ao III a.C., era frequentemente tributário de outras potências, como Egito, Assíria, Pérsia e Alexandre, o Grande e seus sucessores.
A cidade foi destruída muitas vezes (em 677 por Esar-hadom, em 351 por Artaxerxes). Seu último rei governou até 279 a.C., a partir de então foi governada por sufetes. Seria dominada pelos selêucidas em 198. Alcançou a independência (111 aC), depois ficou sob a influência de Roma (64 a.C.) e tornou-se colônia romana (218 d.C.).
O santuário de Bostan Eshshé (séc. VI a.C. ao século VI d.C.) era dedicado a Eshmun (Asclépio). Astarte também era cultuada na cidade.
Heveus
Os heveus, em hebraico: hivim, חוים, eram um grupo de descendentes de Canaã, filho de Cão, de acordo com a Tabela das Nações em Gn 10:17.
No livro de Josué e Juízes os heveus viviam na região montanhosa do Líbano, de Lebo Hamate (Jz3: 3) ao Monte Hermom (Js 11: 3). O Texto Masorético faz confusão entre “heveus” e “horitas” acerca de outros locais em diversas passagens de Josué e Samuel, possivelmente pela semelhança das letras hebraicas Vav e Resh, enquanto a Septuaginta registra “horita”.
O censo de Davi incluiu cidades dos heveus (2 Sm 24: 1–7) e durante o reinado de Salomão aparecem como parte do trabalho escravo para seus projetos de construção (1 Re 9:20–21, 2 Cr 8:7-8).