Salvatore Ferretti

Salvatore Ferretti (1817-1874) foi um ministro evangélico livre italiano, editor, hinista e humanitário.

Ferretti se preparava para o sacerdócio católico, mas se apaixonou. Fugiu de Florença para se casar e em Lausanne foi aluno de Vinet e abraçou a fé evangélica.

Em Londres encontrou com Darby, participou da Igreja Livre dos exilados italianos e publicou o periódico L’Eco di Savonarola e o hinário Inni e Salmi ad uso dei Cristiani d’ Italia (1850). A partir de 1844 começou a recolher nas ruas filhos de emigrantes italianos, que tinham caído na pobreza nas mãos de indivíduos obscuros que os exploravam. Ao retornar à Itália, estabeleceu-se em Florença, onde dirigiu um orfanato.

Aida Chauvie 

Aida Chauvie (1899-1962) foi uma editora evangélica valdense que aderiu à mensagem de renovação pelo Espírito.

Aida intencionava ser cantora lírica, mas o curso da vida tomou outros caminhos. Depois da 2a Guerra Mundial, começou a corresponder com Giuseppe Petrelli e dar continuidade em seus periódicos.

Juntaram-se a ela, Antonio e Caterina Bernabei, prosseguindo na atividade editorial e de beneficência. Reeditaram todos os livros de Petrelli. Aida fez do casal seus sucessores e herdeiros espirituais.

Lidia Poët

Lidia Poët (1855-1849), valdense italiana, foi primeira mulher a formar-se em direito e exercer a advocacia na Itália.

Nascida nos vales valdenses, estudou direito na Universidade de Turim, formando-se em 1881. Dois anos depois, aprovada em exame da ordem, solicitou sua inscrição como advogada, causando surpresa na época. Todavia, o procurador-geral fez uma representação para cancelar sua inscrição pelo fato de ser mulher.

Seus recursos foram negados, mas Poët encontrou ânimo para dedicar-se à causas em prol das mulheres e direitos femininos (inclusive o do livre exercício profissional), dos marginalizados, dos menores e dos encarcerados.

Viajou pela Europa representando a Itália em situações acadêmicas. Foi enfermeira voluntária da Cruz Vermelha na Primeira Guerra Mundial. Em 1920 conseguiu reobter sua inscrição como advogada. A partir disso, dedicou-se em campanhas pelo sufrágio feminino.

BIBLIOGRAFIA

Bounous, C.  La toga negata: da Lidia Poët all’attuale realtà torinese. Il cammino delle donne nelle professioni giuridiche, Pinerolo, Alzani, 199

Lidia Poët – Dizionario Biografico dei Protestanti in Italia Valdese