Dominionismo

Dominionismo ou teologia do domínio é uma ideologia política de uma série de movimentos aplicam o que entendem como bases bíblicas para a reforma e governo da sociedade civil, aplicando-as mesmo para não cristãos ou para cristãos de outras perspectivas teológicas.

No geral, esses movimentos consideram Estados Unidos (ou o Brasil) como uma nação cristã a ser governada pelos legítimos representantes de Deus na Terra.

Há vertentes baseadas no reconstrucionismo de Rushdoony, teonomismo, mandado cultural de Francis Schaeffer, teologia do Reino Agora, integralismo católico, esferas de soberania do neo-kuyperianismo, teologia dos sete montes, nacionalismo branco cristão norteamericano, dentre outros.

O conteúdo da agenda política e teológica variam. Em comum consideram detrimental a tolerância a grupos religiosos divergentes de suas teologias ou a minorias. No geral, apregoam formas de subordinação feminina. Tendem ao pós-milenialismo escatologicamente. Desconsideram políticas ambientais ou proteção de animais como desnecessárias ou contrárias à Bíblia. Em políticas sociais e econômicas variam desde individualismo libertário até comunitarismo, mas em comum são contra medidas estatais ou públicas de bem-estar social.

No geral acreditam em “batalhas culturais” e na necessidade de impor a “cosmovisão cristã” na cultura. Por exemplo, Loren Cunningham, fundador do Jovens Com Uma Missão (JOCUM) e Bill Bright disseram ter recebido uma revelação em 1975 para que os cristãos deveriam dominar várias áreas da sociedade. Essas áreas seriam montanhas a serem dominadas: família, religião, educação, mídia, entretenimento, finanças e governo.

A ideologia fundamenta-se no comando para exercer em todo o mundo
domínio dado à humanidade por Deus em Gênesis 1:28.

BIBLIOGRAFIA

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Conn, Joseph L. “Dominionism and Democracy: Religious Right Radicals’ Crowing Role in the Presidential Election Sparks a Debate over What Kind of America They Want.” Church & State 64, no. 9 (2011): 10.

Ladner, Keri. “The Quiet Rise of Christian Dominionism.” The Christian Century  139, no. 19 (2022): 48-52. 

Larson, Duane. “How Public Theologies Can Better Address Fascism, Nationalism, and Our Impatience with God’s Reign.” Dialog : A Journal of Theology 58, no. 1 (2019): 54-63. 

Sears, Brian C. “Power, Prophecy, and Dominionism: the New Apostolic Reformation goes to Washington.” Fides Et Historia 54, no. 2 (2022): 80.

Alogi

Os alogi é a designação dada ao grupo de cristãos que rejeitavam os escritos joaninos e, consequentemente o Logos (o Verbo identificado com Cristo) e as atual atividades do Paráclito (o Consolador).

O termo, também alogianos ou alogos, foi cunhado como um trocadilho por Epifânio de Salamina em seu catálogo de heresias. O trocadilho é pelo duplo sentido de “sem razão” (a-logos) e “rejeição do Logos”.

Esta heresia foi umas das mais antigas a negar a continuidade dos dons espirituais na Igreja. Tal posição teria surgido em reação contrária à dos montanistas. Um certo Gaio, prebítero em Roma entre c.170 e c.200 d.C. teria propagado similar ideias por lá.