Vincenzo Melodia

Vincenzo Melodia (1883-1953) ministro do evangelho, teólogo, educador, pacifista e ativista social italiano.

Melodia nasceu em Vittoria, Sicília tornou-se membro comungante da Igreja Valdense local com sua família em 1897. Estudou na Faculdade Batista de Teologia e tornou-se pastor batista em Altamura, Floridia e Messina antes de se mudar para Livorno, Pisa, Viareggio e, finalmente, os Estados Unidos.

Melodia foi candidato socialista nas eleições de 1918/1919 para conselheiro comunal (vereador) de Messina. Em 1920 reporta, com certa hostilidade, a atividade dos pentecostais na região.

Em 1920, Melodia liderou o estabelecimento de uma igreja batista em S. Piero a Patti com mais de cinquenta membros. Contudo, esquadrões fascistas destruíram o local de culto e feriram muitos visitantes sem intervenção policial. Apesar dos riscos significativos, Melodia desafiou o fascismo e participou dos Congressos Internacionais dos Resistentes à Guerra na Inglaterra, França e Suíça.

Seu irmão Vito Melodia aceitou a fé pentecostal nos meados dos anos 1920. Provavelmente isso refletiu na mudança de atitude por parte de Vincenzo. Escreveu um livro sobre os anabatistas, Pellegrini di un mondo ignoto. Racconto storico-sociale del sec. XVI, refletindo seus interesses sociais e pacifistas, bem como a teologia de igreja livre.

Como o fascismo continuou a monitorá-lo, Melodia se refugiou nos Estados Unidos em 1940 após a prisão de seu filho Giovanni. Seu filhos Giovanni e Davide seriam deportados para o campo de concentração de Dachau, mas sobreviveriam. Fundou e dirigiu “Il Faro”, a publicação oficial das Igrejas Cristãs Italianas da América do Norte. Em Nova Iorque ministrava aulas bíblicas e teológicas em uma instituição criada por ele, a Scuola Teologica Italiana.

Nessa época, publicou um livro, um dos primeiras obras de teologia chancela denominacional, com o título La Chiesa dei primogeniti scritti nei cieli: il popolo dei riscattati all’alba delle sue origini testimonianze della storia e delle Scritture alla Chiesa Apostolica (1943). Publicaria também um Manuale Biblico, um conciso dicionário das Escrituras (1951).

Retornou à Itália em 1951. Visitou e serviu os crentes na Calábria e Sicília. Faleceu em Reggio Calabria, na oração que fazia em um almoço para comemorar seu aniversário.

Hoje, uma praça em Vittoria, Sicília, leva seu nome em homenagem a suas contribuições à igreja valdense e à fé cristã, suas crenças pacifistas e sua resistência contra o fascismo.