A teoria da confissão vicária ou do arrependimento vcário é uma teoria acerca da obra de reconciliação e expiação proporcionada por Cristo. Seu maior proponente foi o teólogo escocês John McLeod Cambpell.
A teoria da confissão vicária nega que houve uma transação entre Deus e a humanidade para perdão de pecados. O sacrifício de Cristo foi uma revelação do amor de Deus e uma restauração do relacionamento entre a humanidade e Deus. A visão da expiação como uma satisfação da justiça divina (teoria da satisfação) por meio da punição (teoria da substituição penal) seria inconsistente com a ideia de um Deus amoroso.
As bases bíblicas são 2 Co 5:19; Jo 3:16; Lc 15:11-32.
Em 1856, Campbell publicou On the Nature of the Atonement (A Natureza da Expiação), que procurava entender a expiação à luz da Encarnação e via a vida, obra e morte de Jesus Cristo como um todo indivisível. Campbell afirmava que a mente divina em Cristo é a mente de uma filiação obediente perfeita para com Deus e de uma irmandade perfeita para com os homens. Através da Encarnação, Cristo viveu vicariamente no lugar da humanidade e em seu lugar, tornando-se um sacrifício perfeito e completo que reconcilia a humanidade com Deus. Jesus se apresenta em nosso lugar, mas não recebe a pena por nós, porém confessa perfeitamente nossos pecados.
BIBLIOGRAFIA
McLeod Campbell, John. The Nature of the Atonement. 1856.
Torrance, T. F. Scottish Theology: From John Knox to John McLeod Campbell. Edinburgh: T. & T. Clark, 1996.