Montanismo

O montanismo designa um avivamento de fervor entre cristãos na Frígia, atual Turquia, no século II, quanto vários movimentos posteriores que mantiveram as práticas de profecias ou manisfestações carismáticas nas igrejas.

Uma das únicas fontes históricas dos próprios montanistas é Tertuliano, adepto de uma de suas vertentes. Segundo Tertuliano, para os montanistas o Espírito Santo através da profecia esclarecia dificuldades em entender as Escrituras. As profecias montanistas não continham novo conteúdo doutrinário, mas impunham rígidos padrões comportamentais em busca de santificação.

Como em todos movimentos espirituais, surgiram excessos e também falsos profetas. O montanismo não era um só movimento, mas várias vertentes, as quais sobreviveram até o século IV.

No século IV, ou seja, duzentos anos depois do avivamento, surgiu um movimento aliado ao estado romano antimontanista. Quase tudo que sabemos sobre o montanismo vem dessa época e por autores antimontanistas (Jerônimo, Epifânio, Agostinho, Eusébio). Dada a distância temporal e o viés antimontanista, é muito pouco o valor histórico desses autores sobre esse tema.

O uso do termo ‘montanista’ para referir-se à atitude de considerar revelações extáticas superior às Escrituras não reflete o movimento histórico, tal como suas evidências permitem conhecer.

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