Faustus Socinus, Sozzini ou Socino (1539 -1604) teólogo e reformador radical ítalo-polonês.
Originário de Siena, estudou em Lyon, e em outras universidades. Até 1574 fazia parte da corte dos Medici em Florença, Itália. Aderindo ao protestantismo, passou a viver em Basel, onde se aprofundou em teologia.
Fausto aprofundou e sistematizou o pensamento de seu tio, Lélio Socino. Em 1578 foi para a Transilvânia para resolver a controvérsia dos Nonadorantes (seguidores Ferenc Dávid que não adoravam a Jesus). No ano seguninte, mudou-se para a Polônia, onde permaneceu até sua morte.
No sínodo de Rakov (Polônia) em 1603 foi formalizada a Igreja dos Irmãos Polacos (Igreja Reformada Menor), para a qual Fausto redigiu uma confissão e o catecismo Racoviano. Ironicamente, Fausto nunca se tornou membro da Igreja dos Irmãos Polacos.
O pensamento socianiano foi caracterizado pela rejeição das doutrinas cristãs tradicionais, como a Trindade e a divindade de Jesus, enfatizando a unidade de Deus e a humanidade de Jesus. Os socinianos faziam parte de uma tendência mais ampla da Reforma radical de questionar e criticar o dogma religioso tradicional.
O racionalismo, a crença de que o conhecimento deveria ser baseado na razão e na evidência, e não na fé ou na tradição, era um elemento importante do pensamento sociniano. Por isso, a razão e a investigação crítica deveriam ser usadas para interpretar as escrituras e compreender a natureza de Deus, em vez de confiar na aceitação cega da doutrina estabelecida.
Valores iluministas como liberdade, democracia e individualismo também foram centrais para o socinianismo. Socino defendia a tolerância religiosa e rejeitava a perseguição religiosa.