Teu Destino é a Glória

Hino de encorajamento bem como agradecimento pela salvação.

A letra originalmente foi escrita por Louise M. Rouse, de Cincinatti. Para essa poesia, Dora Boole (c.1945-1875), filha adotiva de Rev. William H. Boole e Eunice Godwin, compôs a música. Seu pai, W. H. Boole era um pastor metodista em Nova York e líder do movimento de temperança e de Santidade.

O hino foi publicado pela Biglow & Main em 1873 no hinário Winnowed Hymns sob o título “Full Salvation”. Também é conhecido por outro título, “Precious Savior thou hast saved”. Mais tarde, Ira Sankey popularizou o hino em seus hinários.

Foi semitraduzido ao italiano no hinário “Inni ed Salmi Spirituali” por Massimiliano Tosetto com o título “Alza, alza la bandiera” e creditado a “Miss Dora Boole”. Mais tarde, apareceria em português “Oh Levanta a Bandeira”, depois revisado com o título “Teu Destino é a Glória”. A alusão bíblica é de Hb 12:12-14.

1 Precious Savior, Thou hast saved me;
Thine, and only Thine I am;
Oh! the cleansing blood has reached me!
Glory, glory, to the Lamb!

Refrain:
Glory, glory, Jesus saves me,
Glory, glory to the Lamb!
Oh! the cleansing blood has reached me!
Glory, glory, to the Lamb!

2 Long my yearning heart was trying
To enjoy this perfect rest;
But I gave all trying over;
Simply trusting, I was blest.

3 Trusting, trusting ev’ry moment;
Feeling now the blood applied;
Lying at the cleansing fountain;
Dwelling in my Savior’s side.

4 Consecrated to thy service,
I will live and die to thee;
I will witness to thy glory
Of salvation full and free.

5 Yes, I will stand up for Jesus;
He has sweetly saved my soul,
Cleansed me from inbred corruption,
Sanctified, and made me whole.


1 La bandiera che il Signore T’affidò per innalzar
Tienla cara nel tuo cuore, non lasciartela rubar.

Coro: Alza, alza la bandiera
Lascia essa sventolar.
Tienla cara nel tuo cuore,
non lasciartela rubar.

2 Essa è Cristo Salvatore, la divina volontà
E’ l’insegna dell’amore che in eterno durerà.

3. Alza, alza la bandiera e il nemico fuggirà
Di Gesù la fede vera scudo e targa ti sarà

4 La bandiera del Signore d’ogni mal ti guarderà
Dal maligno seduttore essa ti difenderà.

5 Quando viene la tempesta con le onde a sgomentar
Non cessare di far festa, non cessar di vogar.

6 Oh fratello, su coraggio, la bandiera dell’amor
Alza, alza in questo viaggio e ti guiderà il Signor

BIBLIOGRAFIA

“Miss Dora Boole” [Obituary]. The Advocate of Christian Holiness 1875, p. 159.

Sarah Fuller Flower Adams

Sarah Fuller Flower Adams ou Sally Adams (1805-1848) poetisa, hinista e pioneira do feminismo cristão britânica. É a autora do hino Nearer, my god, to thee (Hinos de Súplicas e Louvores a Deus 454 – Cidadão Dos Céus; Cantor Cristão 283 –Mais perto quero estar meu Deus de Ti).

Filha caçula do editor Benjamin Flower, cresceu em círculos progressistas. Sua irmã mais velha, Eliza Flowers, era uma talentosa musicista e compositora. Depois da morte da mãe em 1810, Benjamin Flower criou e educou suas filhas. Apesar de possuir algum grau de surdez, teve uma breve carreira como atriz, representando Lady Macbeth em 1837.

Em 1820 a familia Flowers mudou-se para Londres, onde seu círculo social incluíam Harriet Martineau, Harriet Taylor, Robert Browning e John Stuart Mill. Casou-se, em 1834, com o engenheiro civil William B. Adams.

Em 1841 Flower Adams publicou Vivia Perpetua. Esse poema alegórico retrata o conflito entre paganismo e cristianismo, bem como defende o livre pensamento, a autonomia espiritual e intelectual feminina. No poema dramático, Vivia Perpétua é uma jovem esposa que se recusa a se submeter ao controle masculino e renunciar às suas crenças cristãs. E por isso, é condenada à morte.

Preparou um catecismo e hinário infantil, The Flock at the Fountain, publicado 1845.

Era membro da congregação unitariana de South Place Chapel em Londres, onde era ministro William J. Fox. Aconselhada por Fox, para sanar suas dúvidas espirituais levantadas em conversas com Browning, dedicou-se à leitura e escrita, compondo o hino Nearer my God to Thee, inspirada no sonho de Jacó (Gn 28:11-12). Mais tarde o hino seria associado à melodia Bethany de Lowell Mason.

BIBLIOGRAFIA

https://hymnary.org/person/Adams_Sarah

Hulcoop, Stephen. Memoirs of the family of Benjamin Flower of Harlow. Compiled from various sources including a transcript of the hymn «Nearer my God to Thee» by Sarah Flower Adams. S. H. Publishing, Harlow, 2003.

Stephenson, H. W. : The Author of Nearer, My God, to Thee, 1922.

Salmos, hinos e cânticos espirituais

A expressão “salmos, hinos e cânticos espirituais” aparece em Efésios 5:19 e Colossenses 3:16 como uma referência às formas de adoração musical na comunidade cristã primitiva. Ambos os textos exortam os fiéis a encorajarem-se mutuamente por meio de cânticos dedicados a Deus, em uma prática litúrgica diversificada. Apesar da importância desses termos, suas distinções precisas permanecem obscuras.

Os “salmos” são os mais facilmente identificáveis, referindo-se aos textos contendo no livro bíblico dos Salmos. Esses seriam uma coleção de poemas litúrgicos e hinos do Antigo Testamento originalmente utilizados no culto judaico. Ainda que o termo “salmo” possa ser intercambiável com “hino” em alguns contextos patrísticos (cf. Clemente de Alexandria, Paedagogus 2:107), sua associação direta com o Saltério sugere um repertório estável e reconhecido.

Já os “hinos” poderiam abranger composições tanto veterotestamentárias quanto novas criações cristãs, possivelmente incluindo doxologias ou textos cristológicos.

Quanto aos “cânticos espirituais”, a interpretação é mais complexa. Podem referir-se a passagens cantáveis das Escrituras fora do livro dos Salmos, como o Cântico de Moisés (Êxodo 15), o Cântico de Débora (Juízes 5) ou os chamados “canticos” do Novo Testamento (por exemplo, o Magnificat em Lucas 1:46–55). Alternativamente, poderiam ser composições espontâneas ou improvisadas, como sugere Tertuliano no século III, ao descrever cristãos cantando “tanto das Sagradas Escrituras quanto de sua própria invenção” (Tertuliano, Apologeticum 39:17–18). Essa descrição indica uma prática carismática, na qual a inspiração individual coexistia com o uso de textos canônicos.

A dificuldade em delimitar esses gêneros reflete a diversidade da prática musical nas primeiras comunidades cristãs. A ausência de notações musicais ou manuais litúrgicos contemporâneos impede uma reconstrução precisa, mas é evidente que a música desempenhava um papel central na adoração, unindo tradição judaica e inovação cristã. Como observa William T. Flynn, a música litúrgica primitiva era “tanto herdeira quanto transformadora” das formas hebraicas, adaptando-se às necessidades doutrinais e comunitárias (Flynn 2006, 724).

Embora a exata natureza desses “salmos, hinos e cânticos espirituais” permaneça indeterminada, sua menção nas epístolas paulinas sublinha a importância do louvor coletivo como expressão de fé e edificação mútua.

Referências

Flynn, William T. “Liturgical Music.” In The Oxford History of Christian Worship, editado por Geoffrey Wainwright e Karen B. Westerfield Tucker, 724–25. Oxford: Oxford University Press, 2006.

McKinnon, James. Music in Early Christian Literature. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

Bradshaw, Paul F. Daily Prayer in the Early Church. Londres: SPCK, 1981.

Tertuliano. Apologeticum. Tradução e notas por T. R. Glover. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1931.

Eu sou um cordeirinho

Um dos mais fofos hinos de criança guarda uma mensagem profunda: o Pastor Divino encontra a ovelha perdida – a qual é SUA – e a conduz com um carinho terno para pastos seguros.

Um dos mais fofos hinos de criança guarda uma mensagem profunda: o Pastor Divino encontra a ovelha perdida - a qual é SUA - e a conduz com um carinho terno para pastos seguros.

A educadora e poetisa evangélica italiana Carolina Dalgas compôs esse hino em 1867 para um hinário infantil. Alude ao Salmo 23 e à parábola da ovelha perdida (Mt 18:12-14; Lc 15:3-7). Foi difundido em língua portuguesa pelos hinários da Congregação Cristã no Brasil.

Eu sou um cordeirinho, Jesus é o meu pastor;
Desfruto seu carinho e seu sublime amor;
Nasci no seu rebanho por graça divinal;
Não sigo a voz do estranho, mas só a paternal.

Eu sou um cordeirinho, Jesus é meu pastor;
Sou um feliz menino nos braços do Senhor;
A Sua voz conheço, também o Seu querer;
A Ele obedeço, disposto e com prazer.

Sozinho no deserto jamais eu posso andar;
Jesus está bem perto a fim de me guardar;
É grande o cuidado que ele tem por mim;
O meu pastor amado me guia até o fim.

Partitura