Supersessionismo é a doutrina de que os cristãos (o povo da “nova aliança”) substituíram os israelitas (o povo da “velha aliança”) como povo de Deus. Contrapõe às doutrinas de aliança dual, na qual a Aliança ou a Torá permanece válida para os israelitas, enquanto a Nova Aliança se aplica apenas aos cristãos.
Outras economias de relação Israel e Nova Aliança, especialmente no judaísmo messiânico, vê o plano divino como monolítico, sendo os gentios um enxerto em Israel.
Há várias vertentes do supersessionismo:
- Substitucionismo: a Igreja é o novo ou verdadeiro Israel que substituiu para sempre a nação de Israel;
- Supersessionismo punitivo: Israel foi punido por sua rejeição de Cristo;
- Supersessionismo econômico: o plano divino reservou um papel a Israel que se expirou com a vinda de Cristo;
- Superssessionismo estrutural: Deus não foi plenamente revelado como redentor nas Escrituras Hebraicas e para o antigo povo de Israel;
- Marcionismo: o Deus dos hebreus era um deus malévolo, sendo o verdadeiro Deus somente revelado a partir de Jesus Cristo. Tal doutrina foi reformulada no chamado cristianismo positivo do nazismo.
Embora nem toda forma de supersessionismo seja necessariamente antissemita, praticamente todas formas de teologia da cristandade que foram antissemitas possuíam uma ou outra forma de supersessionismo.
VEJA TAMBÉM
Antissemitismo
Lei e Graça
Dispensacionalismo
Judaizantes
Judaísmo messiânico
Neo-israelismo
Teologias da Aliança
BIBLIOGRAFIA
Igreja Católica Apostólica Romana. Nostra aetate. Concilio Vaticano II, 1965.
Kaiser, Jr., Walter C. “An Assessment of ‘Replacement Theology’: The Relationship Between the Israel of the Abrahamic–Davidic Covenant and the Christian Church,” Mishkan 21 (1994):9.
Vlach, Michael J. “Various forms of replacement theology.” Master’s Seminary Journal 20, no. 1 (2009): 57-69.