Callinicum

Antiga cidade na Síria na margem nordeste do rio Eufrates, cerca de 160 quilômetrosa leste de Alepo. É hoje Raqqa.

Foi fundada como uma cidade helenística com o nome Nicéforo pelo rei selêucida Seleuco I Nicator (reinou 301-281 aC). Seu sucessor, Seleuco II Calínico (r. 246–225 aC), ampliou a cidade e a renomeou como Kallinikos. Seria conquistada pelos romanos e grafada como Callinicum e a incorporou à província de Osroene.

Em 1.º de agosto de 388 EC, uma turba de cristãos incendiou uma sinagoga de Callinicum. Seria talvez o primeiro ataque de cristãos contra sinagogas e um dos primeiros progroms. Também foi destruída uma igreja de outro grupo cristão, possivelmente adeptos de Valenciano.

No início, o imperador Teodósio apoiou o administrador local que exigiu que o bispo reconstruísse a sinagoga. Porém, o bispo Ambrósio de Milão pressionou
Teodósio contra tal reparação. O bispo de Callinicum foi exonerado dede qualquer responsabilidade e depois rescindiu qualquer exigência de restituição.

BIBLIOGRAFIA

Ambrósio. Epístola 64.

Chin, Catherine M. “Built from the Plunder of Christians”: Words, Places, and Competing Powers in Milan and Callinicum’.” Religious Competition in the Greco-Roman World 10 (2016): 63.

Figueroa, Gregory Francis. The Church and the Synagogue in St. Ambrose. Catholic University of America Press, 1949.

Jacobs, Andrew. “Christians, Jews, and Judaism in the Eastern Mediterranean and Near East, c. 150–400 CE.” The Cambridge Companion to Antisemitism: 83-99.

Supersessionismo

Supersessionismo é a doutrina de que os cristãos (o povo da “nova aliança”) substituíram os israelitas (o povo da “velha aliança”) como povo de Deus. Contrapõe às doutrinas de aliança dual, na qual a Aliança ou a Torá permanece válida para os israelitas, enquanto a Nova Aliança se aplica apenas aos cristãos.

Outras economias de relação Israel e Nova Aliança, especialmente no judaísmo messiânico, vê o plano divino como monolítico, sendo os gentios um enxerto em Israel.

Há várias vertentes do supersessionismo:

  • Substitucionismo: a Igreja é o novo ou verdadeiro Israel que substituiu para sempre a nação de Israel;
  • Supersessionismo punitivo: Israel foi punido por sua rejeição de Cristo;
  • Supersessionismo econômico: o plano divino reservou um papel a Israel que se expirou com a vinda de Cristo;
  • Superssessionismo estrutural: Deus não foi plenamente revelado como redentor nas Escrituras Hebraicas e para o antigo povo de Israel;
  • Marcionismo: o Deus dos hebreus era um deus malévolo, sendo o verdadeiro Deus somente revelado a partir de Jesus Cristo. Tal doutrina foi reformulada no chamado cristianismo positivo do nazismo.

Embora nem toda forma de supersessionismo seja necessariamente antissemita, praticamente todas formas de teologia da cristandade que foram antissemitas possuíam uma ou outra forma de supersessionismo.

VEJA TAMBÉM

Antissemitismo

Lei e Graça

Dispensacionalismo

Judaizantes

Judaísmo messiânico

Neo-israelismo

Teologias da Aliança

BIBLIOGRAFIA

Igreja Católica Apostólica Romana. Nostra aetate. Concilio Vaticano II, 1965.

Kaiser, Jr., Walter C. “An Assessment of ‘Replacement Theology’: The Relationship Between the Israel of the Abrahamic–Davidic Covenant and the Christian Church,” Mishkan 21 (1994):9.

Vlach, Michael J. “Various forms of replacement theology.” Master’s Seminary Journal 20, no. 1 (2009): 57-69.