Sivan ou Sivã, o terceiro mês do calendário religioso judaico e o nono do calendário civil, corresponde ao período entre maio e junho, marcando o final da primavera no hemisfério norte. Após o exílio babilônico, o nome “Sivan” substituiu a antiga designação numérica “terceiro mês”, como se observa em Ester 8:9. É um mês de transição, com o calor do verão se aproximando e a colheita do trigo em pleno andamento (Rt 1:22). Sivan também marca o início da estação seca em Israel, que se estende até meados de outubro. No dia 6 de Sivan, os judeus celebram Shavuot, a Festa das Semanas, que comemora a entrega da Torá no Monte Sinai (Êx 19:1).
Tag: calendário
Tebete
Tebete, o décimo mês do calendário religioso judaico e o quarto do calendário civil, corresponde ao período entre dezembro e janeiro. Após o exílio babilônico, o nome “Tebete” substituiu a antiga designação numérica “décimo mês”, como se observa em textos como Ester 2:16 e Zacarias 1:7. É um mês de inverno, frequentemente associado a frio e chuva, marcando um período de recolhimento e introspecção. Em Tebete, ocorreu o início do cerco de Jerusalém por Nabucodonosor, um evento que culminou na destruição do Templo e no exílio do povo judeu (2 Reis 25:1). O jejum de 10 de Tebete relembra esse momento trágico, convocando à reflexão sobre as consequências do pecado e da desobediência a Deus. Apesar da conotação histórica de sofrimento, Tebete também prenuncia a esperança da redenção, apontando para o futuro restabelecimento de Israel.
Zive
Zive, o segundo mês do calendário judaico, corresponde a parte de abril e parte de maio no calendário gregoriano. Seu nome, que significa “brilho” ou “esplendor”, possivelmente se relaciona ao florescimento da primavera em Israel. Em 1 Reis 6:1 e 37, Zive é mencionado como o mês em que Salomão iniciou a construção do Templo em Jerusalém, no quarto ano de seu reinado, quatrocentos e oitenta anos após o Êxodo do Egito.
Abibe
Abibe, o primeiro mês do antigo calendário lunar hebreu, marcava o início da primavera em Israel, coincidindo geralmente com partes de março e abril.
Abibe significa “espigas verdes”, refletindo o ciclo agrícola da região, pois era nesse período que se iniciava a colheita da cevada, seguida pela do trigo. As chuvas primaveris também se intensificavam em Abibe, causando a cheia do rio Jordão.
Após o exílio babilônico, o nome Abibe foi substituído por Nisã, mas sua importância histórica permanece, principalmente por marcar a época da Páscoa, celebrada no dia 14 de Abibe, em memória da libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Aparece em . Êxodo 13:4; 23:15; 34:18; Deuteronômio 16:1. A mudança de nome não alterou o significado fundamental deste mês para o calendário e a cultura judaica, que o associa à renovação, à libertação e aos ciclos da natureza.
Adar
Adar, possui três significados distintos:
A tradução de אַדָּר, nome de uma pessoa e uma cidade:
- Adar, a cidade: Localizada na fronteira sul de Judá, a oeste de Cades-Barnéia (Josué 15:3). Em Números 34:4, aparece como Hazar-Adar, sugerindo que “Hazar” (pátio, aldeia) pode ser parte do nome ou uma descrição da localidade.
- Adar, o benjamita: Filho de Belá e neto de Benjamim (1 Crônicas 8:3). Também é chamado de Arde em Gênesis 46:21, o que pode indicar uma variação do nome ou um erro de grafia.
Adar (אֲדָר), o décimo segundo mês do calendário israelita, corresponde aproximadamente a fevereiro/março no calendário gregoriano, quando se comemora o Purim.
No livro de Ester, foi no mês de Adar, que a trama de Hamã para destruir os judeus seria executada no décimo terceiro dia desse mês (Et 3:7, 13). Graças à intervenção de Ester e Mordecai, o plano foi frustrado, e os judeus obtiveram vitória sobre seus inimigos. Para celebrar essa libertação, foi instituída a festa de Purim, observada nos dias 14 e 15 de Adar (Et 9:18-32).
Purim é uma festa alegre, marcada por banquetes, troca de presentes e leitura do livro de Ester.
