No Novo Testamento Igreja é a tradução da palavra grega ecclesia, que é sinônimo do hebraico qahal do Antigo Testamento (cf. Atos 7:38). Ambas as palavras significando simplesmente um ajuntamento de pessoas ou uma assembleia.
A partir de Atos, “igreja” pode se referir à totalidade dos remidos em Cristo na terra (como em 1 Coríntios 15:9; Efésios 5:23, 25, 27, 29; Hebreus 12:22, 23; Gálatas 1:13; Mateus 16:18) como também a qualquer congregação individual (a igreja de Corinto, a igreja de Antioquia, a igreja em Roma, etc), tal como é mencionado em Atos 5:11; 8:3, etc.. Coletivamente, aparece na forma plural de “igrejas” no Novo Testamento.
As quatro menções do termo “igreja” no evangelho de Mateus 16 e 18 seria anacronística. No entanto, podem ser entendidas como uma atualização do termo para o tempo das audiências originais do evangelho quando já havia igrejas como instituição ou, outra leitura possível, é que simplesmente corresponde ao conceito de qahal, o ajuntamento de todos os povos de Deus.
Dentre as várias palavras gregas para diversos tipos de reunião, o Novo Testamento usa ecclesia ou ekklesia. Era a reunião convocada e revestida de poder deliberativo (cf. Mateus 18:17). Em contraste com outros tipos de reunião (gerousia, conselho de anciãos; synedrion, congresso de líderes; archon e aeropago, concílio de notáveis), a ekklesia era aberta a uma membresia ampla e com iguais direitos e deveres, constituindo a base da democracia ateniense. É nesse sentido de ajuntamento popular que aparece em Atos 19:32, 39, 41.
O uso do termo Igreja para o local ou edifício de culto, bem como para referir-se às redes distintas de igrejas locais com similar ordem e identidade institucional (denominação) é inexistente no Novo Testamento.
