Roger Bacon (c. 1214–1292) foi um filósofo, cientista e frade franciscano inglês, reconhecido por suas contribuições significativas à filosofia e às ciências naturais, com ênfase na observação empírica e na experimentação. Nascido em Ilchester, Somerset, na Inglaterra, ele é frequentemente referido como “Doctor Mirabilis” devido à sua notável erudição.
Bacon provavelmente veio de uma família abastada e recebeu uma educação abrangente nas universidades de Oxford e Paris. Obteve o título de Mestre em Artes e foi influenciado por estudiosos de destaque, como Robert Grosseteste e Adam Marsh. Seus estudos iniciais abrangeram disciplinas variadas, incluindo matemática, astronomia, óptica, alquimia e línguas.
Considerado um dos primeiros defensores do método científico no pensamento ocidental, Bacon enfatizou a importância da observação e da experimentação como base para o conhecimento do mundo natural. Seu trabalho em óptica é particularmente notável, tendo estudado a refração da luz em lentes, o que contribuiu para o desenvolvimento de óculos. Ele também descreveu processos como a fabricação de pólvora e propôs ideias para máquinas voadoras.
Em 1266, a pedido do Papa Clemente IV, Bacon escreveu Opus Maius, um tratado extenso que buscava reformar o estudo das ciências no sistema universitário. Essa obra abrangia diversas disciplinas científicas e defendia a inclusão de estudos linguísticos ao lado dos ensinamentos teológicos tradicionais.
Apesar de seus feitos intelectuais, Bacon enfrentou desafios dentro da Ordem Franciscana devido às suas visões pouco convencionais e ao seu interesse por alquimia e magia. Esses interesses geraram tensões com seus superiores, resultando em períodos de prisão e eventual marginalização nos círculos acadêmicos. Passou grande parte de sua vida posterior em Oxford, onde morreu.
