James K.A. Smith é professor de filosofia e ocupa a Cátedra Gary & Henrietta Byker na Universidade Calvin, Michigan.
Smith tem um doutorado em Filosofia pela Universidade Villanova (2002), onde estudou com John D. Caputo. Sua tese de doutorado abordou a fenomenologia da teologia. Antes disso, ele obteve um M.Phil. no Institute for Christian Studies em Toronto e um B.Sc. na Emmaus University.
Criado na tradição pentecostal (Pentecostal Assemblies of Canada), Smith agora congrega em igrejas da tradição Reformada (Christian Reformed Church of North America) embora mantenha suas raízes pentecostais. Essa dupla afiliação molda sua abordagem teológica e filosófica.
A filosofia de Smith explora a tensão da vida moderna e convida os leitores a uma prática de fé intencional. Os seres humanos seriam movidos por seus desejos e que esses desejos são moldados por hábitos e rituais cotidianos, tanto seculares quanto religiosos. Em sua trilogia Cultural Liturgies, ele desenvolve a ideia de que a adoração cristã é uma prática formativa central que direciona nossos desejos para Deus.
Em Thinking in Tongues: Pentecostal Contributions to Christian Philosophy (2010), Smith apresenta uma visão para uma filosofia cristã enraizada no pensamento pentecostal. Ele refuta a ideia de que o pentecostalismo seja anti-intelectual e defende que a tradição oferece recursos para a filosofia e a teologia. Smith propõe cinco características para uma filosofia com base na experiência pentecostal: uma abertura ao milagroso; uma epistemologia encarnada, onde o conhecimento é vivido; uma abordagem afetiva da razão, reconhecendo o desejo como motor da vida; uma racionalidade narrativa, valorizando testemunhos; e uma orientação escatológica, focada na esperança do Reino de Deus. Ele vê a glossolalia como uma manifestação de uma epistemologia encarnada e uma forma de oração além do discurso racional.
