Apocalipse de Pseudo-Metódio

O Apocalipse de Pseudo-Metódio é um texto apocalíptico surgido no final do século VII d.C., falsamente atribuído a Metódio de Olimpo, bispo do século IV. A obra de um autor anônimo seria de um cristão sírio, e escrita na crise provocada pelas conquistas islâmicas no Oriente Próximo. Nesse período de instabilidade, o texto respondeu às incertezas dos cristãos da região.

O conteúdo combina elementos tradicionais da literatura apocalíptica, como o Anticristo, Gogue e Magogue, e as tribulações que precedem o fim dos tempos, com inovações que incluem a introdução da figura do “Último Imperador Romano”. Este personagem messiânico é descrito como um governante que derrotará os inimigos do cristianismo e estabelecerá um período de paz antes do julgamento final.

A obra foi amplamente traduzida, circulando em grego, latim e outras línguas, o que contribuiu para moldar o pensamento escatológico cristão na Idade Média. Suas implicações políticas, especialmente a visão de um governante restaurador, ressoaram entre aqueles que buscavam resistência e esperança frente ao domínio islâmico. Este apocalipse influenciou obras apocalípticas posteriores e ajudou a desenvolver lendas e profecias sobre o “Último Imperador do Mundo”.