O Apocalipse Persa de Daniel é um texto pseudepigráfico judaico. Descreve o Messias filho de José. O relato é um tanto obscuro e apresenta uma combinação de narrativas lendárias, profecias e visões.
O texto começa com uma longa narrativa lendária que cobre os eventos desde a época do profeta Jeremias até o reinado do rei Dario I da Pérsia (cerca de 485 aC). Em seguida, faz a transição para Daniel lamentando e jejuando pela destruição do Templo, onde um anjo aparece para desvendar-lhe o futuro. Esta revelação inclui uma descrição dos eventos relacionados a Maomé e aos governantes muçulmanos, com Harun al-Rachid e seus três filhos (século IX d.C).
A profecia do futuro envolve a ascensão de um governante que afirma ser o Messias. Ele está associado ao exército de Gogue e Magogue e é identificado como Armilus, uma figura também encontrada em apocalipses anteriores.
Os israelitas, liderados por um homem dos filhos de Efraim, confrontam esse autoproclamado Messias e exigem milagres para provar sua afirmação. Em resposta, o pretendente enfurecido persegue os israelitas, levando-os a fugir para o deserto.
Em meio a esse tumulto, aparecem Miguel e Gabriel, prometendo a libertação dos israelitas. Por fim, o falso Messias é morto e o Messias filho de José também é morto. A bandeira do Messias filho de Davi é levantada e ele destrói todo o exército de Gogue e Magogue. Elias aparece, os mortos são ressuscitados e os israelitas se reúnem de todo o mundo para se juntar ao reino messiânico, que durará 1.300 anos.
O Apocalipse Persa de Daniel apresenta descrições escatológicas semelhantes às encontradas em outros apocalipses. Inclui detalhes do juízo final, as divisões do inferno e outros aspectos do fim dos tempos.
